Papa defende unidade entre tâmeis e cingaleses após guerra civil no Sri Lanka
Colombo, 14 jan (EFE).- O papa Francisco, durante visita ao santuário de Mahdu, no norte do Sri Lanka, fez um pedido de unidade entre tâmeis e cingaleses após o conflito civil que terminou em 2009 no país.
Francisco é o primeiro pontífice a pisar território tâmil, já que João Paulo II e Paulo VI não viajaram para esta parte do país durante suas viagens ao Sri Lanka, que viveu um conflito sangrento durante 26 anos.
No santuário, que se transformou em um campo de refugiados durante o conflito, e diante de centenas de milhares de pessoas, Francisco instou “ambas as comunidades do Sri Lanka, tâmeis e cingaleses, a reconstruir a unidade perdida” com a guerra.
“Muitas pessoas, tanto do norte como do sul, foram assassinadas na terrível violência e derramamento de sangue daqueles anos”, lembrou o pontífice argentino.
O ato foi acompanhado por famílias tâmeis e cingalesas afetadas pelos anos de conflito. Francisco afirmou que Nossa Senhora “quer guiar o povo do Sri Lanka a uma maior reconciliação, para que o bálsamo do perdão e a misericórdia de Deus proporcione uma verdadeira cura para todos”.
“Da mesma forma que a imagem de Maria voltou ao santuário de Madhu depois da guerra, pedimos ao Senhor que todos seus filhos e filhas do Sri Lanka possam voltar para a casa de Deus com um renovado espírito de reconciliação e comunhão”, desejou o papa.
O santuário é um local de oração que também recebe peregrinos de outras religiões
Os bispos do país conseguiram durante o conflito fazer com que o lugar fosse desmilitarizado e se transformasse em uma estrutura segura para refugiados. Em 1999, porém, o local foi bombardeado e 38 pessoas morreram.
Em abril de 2008, o santuário voltou a passar para o controle da diocese de Mannar e foi reaberto ao culto em dezembro de 2010. EFE
ccg/dk
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.