Papa diz aos cardeais que família é desprezada e maltratada
Cidade do Vaticano, 20 fev (EFE).- O papa Francisco inaugurou o Consistório extraordinário de cardeais que será realizado entre quinta e sexta-feira sobre a família e em sua mensagem de saudação afirmou que atualmente ela “é desprezada e maltratada”.
Perante os 160 cardeais presentes nestes dias em Roma, mais 18 dos 19 -Loris Francesco Capovilla não participa por problemas de saúde,- que serão nomeados purpurados no sábado, o papa pediu para que reflitam “sobre a família, que é a célula básica da sociedade humana”.
O papa organizou este Consistório extraordinário em vista da cerimônia de nomeação de 19 cardeais, entre eles cinco latino-americanos e um espanhol, e que será realizada no sábado na Basílica de São Pedro.
“Nossa reflexão terá sempre presente a beleza da família e do casamento, a grandeza desta realidade humana, tão singela e ao mesmo tempo tão rica, cheia de alegrias e esperanças, de fadigas e sofrimentos, como toda a vida”, disse.
Para este primeiro Consistório extraordinário, o papa pediu aos cardeais que se “aprofundem na teologia da família e na pastoral” baseando-se “nas condições atuais” e “sem cair na casuística, porque isto faria reduzir inevitavelmente o nível de nosso trabalho”.
O papa considerou que hoje em dia, “a família é desprezada, é maltratada, e é preciso reconhecer o belo, autêntico e bom que é formar uma família, ser família hoje; isso é indispensável para a vida do mundo, para o futuro da humanidade”.
E que o que se pede à Igreja é ajudar os casais “a viver com alegria em sua vida”.
O Consistório de hoje e de amanhã é a primeira das três reuniões do papa Francisco sobre o tema da família, já que na próxima semana também está prevista uma reunião do Conselho do Sínodo, na qual poderia participar o pontífice, embora não seja oficial.
Esta reunião preparará o Sínodo extraordinário da família que o papa convocou para outubro.
Para este Sínodo, o papa enviou um questionário às Conferências episcopais de todo o mundo no qual havia perguntas sobre a convivência antes do casamento, as uniões de fato, ou a concessão dos sacramentos aos divorciados que se voltaram a casar. EFE
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