Papa e Obama falaram de reforma migratória e defesa da vida
Cidade do Vaticano, 27 mar (EFE).- O papa Francisco e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, abordaram no encontro privado que tiveram nesta quinta-feira a reforma migratória nos EUA, a luta contra o tráfico de seres humanos e outros assuntos como a defesa da vida, informou o escritório de imprensa do Vaticano.
Entre os temas específicos tratados, o Vaticano citou que Obama e o papa expressaram o compromisso comum de “erradicar o tráfico de seres humanos no mundo”.
“No contexto das relações bilaterais e da parceria entre a Igreja e o Estado, foram tratadas questões de especial importância para a Igreja no país como o exercício do direito à liberdade religiosa, à vida e à objeção de consciência”, explicou o breve comunicado.
Também conversaram sobre os atuais conflitos no mundo, sem citar nenhum em específico, mas mostraram desejo de que nessas áreas os direitos humanos sejam respeitados e sejam conseguidas soluções negociadas entre as partes em confronto.
Às vésperas da chegada de Obama em Roma a reforma migratória dos Estados Unidos estava sendo debatida na Itália, já que desde domingo um grupo de imigrantes de origem latino-americana vindos de Chicago e de Los Angeles também estavam na capital italiana para pedir ao papa que convencesse o presidente dos Estados Unidos a parar com as deportações de imigrantes ilegais.
Durante a audiência geral de ontem, o grupo conseguiu entregar um pedido a favor da reforma migratória para o secretário pessoal do papa, Alfred Xuareb, que o entregou a Francisco.
No comunicado vaticano não fez menção ao tema da pobreza, apesar de o próprio Obama ter afirmado que este seria um dos assuntos principais que trataria com o pontífice.
Em uma entrevista ao jornal italiano “Corriere della Sera”, publicada hoje, Obama disse que estava “desejoso” de escutar ao papa, principalmente no que se refere à luta pela justiça social da erradicação da pobreza.
O presidente americano também afirmou que explicaria ao pontífice argentino seu compromisso pela luta contra a desigualdade. EFE
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