Papa Francisco adverte sobre padres tolerantes na confissão

  • Por Agencia EFE
  • 12/03/2015 11h50

Cidade do Vaticano, 12 mar (EFE).- Em um evento do 26º Curso sobre o Foro interno da Penitenciaria Apostólica realizado nesta quinta-feira no Vaticano, o papa Francisco fez um alerta sobre a confusão entre a misericórdia e a tolerância por parte de alguns padres na administração do sacramento da confissão, que não deve ser “uma tortura”.

“Viver o sacramento como meio para educar para a misericórdia, significa ajudar os nossos irmãos a fazerem experiência de paz e compreensão humana e cristã”, disse o pontífice.

Francisco ressaltou que a confissão não deve ser uma tortura e que as pessoas têm que sair da igreja alegres e esperançosas.

“O sacramento, com todos os atos do penitente, não deve se tornar um interrogatório pesado, incômodo e invasor. Pelo contrário, deve ser um encontro libertador e rico de humanidade, através do qual educar para a misericórdia que não exclui, mas inclui o justo compromisso de corrigir o mal cometido. Assim, o fiel se sentirá convidado a se confessar frequentemente e aprenderá a fazê-lo da melhor maneira possível, com aquela delicadeza da alma que faz tanto bem ao coração, até mesmo ao coração do confessor”, disse o papa.

O ato de confissão é um sacramento da Igreja Católica, que pede aos adultos com “uso da razão” que o façam perante um sacerdote “pelo menos uma vez ao ano” para declarar seus pecados “graves” ou “mortais”.

Durante o ato, Francisco voltou a dizer que ele mesmo se confessa a cada 15 dias “porque o papa também é um pecador”. EFE

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