Papa Francisco elogia ânimo dos cubanos diante das dificuldades

  • Por Agencia EFE
  • 18/09/2015 01h39
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Havana, 17 set (EFE).- O papa Francisco elogiou nesta quinta-feira o ânimo com que os cubanos enfrentam as dificuldades de cada dia e o amor com que ajudam uns aos outros, em uma gravação de vídeo por ocasião de sua visita à ilha, onde chegará no próximo sábado, que foi exibido hoje pela televisão estatal do país.

“Faz-me muito bem e ajuda-me muito pensar em sua fidelidade ao Senhor, no ânimo com que enfrentam as dificuldades de cada dia, no amor com que se ajudam e se sustentam uns aos outros no caminho da vida. Obrigado por esse testemunho tão valioso”, disse o papa em sua “saudação fraterna” ao povo cubano.

O pontífice disse que visitará o povo de Cuba “para compartilhar a fé e a esperança” e “para que nos fortaleçamos mutuamente ao seguir Jesus”.

“Ele sabe melhor que ninguém o que cada um necessita, nossos anseios, quais são nossos desejos mais profundos, como é nosso coração. E Ele não nos abandona nunca. E quando não seguimos como Ele espera, sempre está ao nosso lado, disposto a nos acolher, a nos confortar, a nos dar uma nova esperança, uma nova oportunidade, uma nova vida”, disse.

Francisco chegará a Cuba como “missionário da misericórdia, da ternura de Deus”, segundo lembrou o pontífice, que pediu aos cubanos para que também “sejam missionários desse amor infinito de Deus”.

“Que todo mundo saiba que Deus sempre perdoa, que sempre está ao nosso lado, que Deus nos ama”, acrescentou Francisco.

Em sua saudação, o primeiro papa latino-americano também ressaltou que durante sua viagem à ilha visitará o Santuário de Nossa Senhora da Caridade do Cobre, a padroeira do país, onde chegará “como mais um peregrino, como um filho que quer retornar para a casa de sua mãe”.

“A Ela confio esta viagem e também a todos os cubanos”, acrescentou Francisco, que concluiu sua saudação pedindo aos cubanos que rezem por ele, uma expressão que ficou famosa durante seu pontificado.

Francisco chegará à ilha no dia 19 como parte de uma viagem internacional que também inclui os Estados Unidos.

Trata-se de uma visita de grande simbolismo pelo papel do pontífice no processo de aproximação entre Cuba e EUA, que depois de mais de cinco décadas de hostilidades restabeleceram suas relações diplomáticas no dia 20 de julho.

O papa começará sua visita em Havana, onde oferecerá no próximo domingo uma missa grande na Praça da Revolução, se reunirá com o presidente cubano, Raúl Castro, e manterá encontros com religiosos e jovens.

É “verossímil”, de acordo com o Vaticano, que também se encontre com o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, de 89 anos e que está afastado do poder desde 2006, uma reunião que não consta na agenda oficial de sua visita.

Na segunda-feira, 21, o papa oferecerá outra missa ao ar livre, em Holguín, no leste do país, e de lá viajará nesse mesmo dia para Santiago de Cuba, a segunda maior cidade da ilha, onde visitará o Santuário do Cobre.

No dia 22, o último de sua visita a Cuba, Francisco conduzirá uma missa no Santuário, depois visitará a Catedral de Santiago, onde terá um encontro com famílias cubanas, abençoará à cidade, que este ano celebra 500 anos de sua fundação, e partirá rumo aos Estados Unidos.

Francisco é o terceiro papa que visitará Cuba em 17 anos, após a histórica viagem de João Paulo II, em 1998, e de Bento XVI, em 2012. EFE

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