Papa Francisco nomeia 19 cardeais na presença de Bento XVI

  • Por Agencia EFE
  • 22/02/2014 11h44

Cidade do Vaticano, 22 fev (EFE).- O papa Francisco realizou neste sábado o primeiro consistório de seu pontificado, no qual nomeou 19 cardeais, entre eles o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, em cerimônia que contou com a presença excepcional do papa emérito Bento XVI.

Foi a primeira vez que dois pontífices se encontraram em um ato público. Após entrar na Basílica de São Pedro, Francisco abraçou carinhosamente Bento XVI, que vive em um convento no Vaticano e é avesso às aparições públicas.

O papa emérito foi saudado “com afeto e veneração” pelo secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin: estamos “encantados com sua presença ente nós”.

Palavras que provocaram um longo aplauso entre os presentes na Basílica. No discurso antes da nomeação dos 19 cardeais, o papa Francisco disse que “ser um seguidor de Jesus é embarcar em uma aventura de santidade e amor, cuja medida é aquela que não tem medida e também pode exigir o dom da vida, como sucedeu e sucede com muitos cristãos no mundo.”

A Igreja -continuou- “necessita de vossa coragem, para anunciar o Evangelho em cada ocasião oportuna e inoportuna, e para dar testemunho à verdade”.

“Necessita de vossas orações” e “necessita de vossa compaixão sobretudo neste momento de dor e sofrimento em tantos países do mundo”, acrescentou.

“Expressamos juntos nossa proximidade espiritual às comunidades eclesiais e a todos os cristãos que sofrem discriminação e perseguições”, disse o papa.

Com exceção dos quatro membros da cúria, o papa só escolheu três europeus, o arcebispo de Perugia (Itália), de Westminster (Grã-Bretanha), o arcebispo emérito de Pamplona e bispo emérito de Tudela (Espanha). Do, restante, cinco procedem da América Latina, dois da Ásia e dois da África.

Pela primeira vez em sua história, Haiti, atingido pelas catástrofes naturais e a pobreza, tem um cardeal, o arcebispo de Les Cayes, Chibly Langlois, de 55 anos.

A todos o papa afirmou que o cargo deve se caracterizar por “austeridade, sobriedade e pobreza”, longe de tudo que for mundano pois o cardenalato “não é uma promoção, mas um serviço”. EFE

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