Papa mostra preocupação por violência no mundo e surto do ebola

Roma, 10 ago (EFE).- O papa Francisco mostrou neste domingo sua preocupação com os “crimes” cometidos pelos jihadistas de Estado Islâmico (EI) contra a população do norte do Iraque, assim como pela escalada de violência entre a Faixa de Gaza e Israel e pelo surto do vírus do ebola na África.

Assim expressou o pontífice durante a mensagem que sucede a tradicional reza do Ângelus dominical, pronunciado pelo bispo de Roma desde a janela do Apartamento Potifício.

Em primeiro lugar, o papa se referiu à situação no norte do Iraque, onde os milicianos de EI estão fustigando e assassinando minorias religiosas, entre eles muitos cristãos, que se veem obrigados a abandonar seus lares e a se deslocar rumo a outras zonas.

“Milhares de pessoas, entre elas muitos cristãos, expulsos de suas casas de maneira brutal. Crianças mortas de sede e de fome durante seu êxodo. Mulheres sequestradas, pessoas massacradas. Violência de todo tipo. Destruição em todos os lugares, de casas, patrimônio religioso, histórico e cultural”, lamentou em tom sério.

Ato seguido, Francisco assegurou que dita situação “ofende gravemente a Deus e à Humanidade” porque “não se leva o ódio em nome de Deus”.

O pontífice agradeceu, além disso, a quem “com coragem” ajuda os prejudicados por esta onda de violência no norte do Iraque e encorajou a comunidade internacional e local a “encontrar uma solução política eficaz” que ponha fim a estes crimes e restabeleça a paz.

Neste sentido, lembrou a nomeação do governador regional da Congregação para a Evangelização dos Povos, o cardeal Fernando Filoni, que viajará amanhã ao Iraque para expressar sua proximidade e solidariedade às afetados pelos crimes de EI.

O papa também se referiu à situação vivida na Faixa de Gaza , onde “também estão morrendo crianças”, e assegurou que romper as tréguas e “retomar a guerra não faz mais dom que piorar as relações entre Israel e Palestina. Rezemos juntos”, insistiu.

Por fim, Francisco lembrou das vítimas da epidemia do vírus do ebola e agradeceu a “todos aqueles que se esforçam em detê-lo”. EFE