Papa pede a cristãos que se protejam da tentação da corrupção

  • Por Agencia EFE
  • 04/06/2015 17h42

Roma, 4 jun (EFE).- O papa Francisco pediu nesta quinta-feira aos cristãos para “se protegerem do risco da corrupção” e para não deixar que sua dignidade se dilua para não se tornarem “medíocres, mornos e insípidos”.

Durante a missa oficiada pelo dia de Corpus Christi aos pés da basílica romana de São João de Latrão, o pontífice convidou os presentes a refletir sobre a necessidade de não se vilanizar e se referiu a alguns casos em que há risco de cair nisso.

“Nos desagregamos quando não somos dóceis à palavra do Senhor, quando não vivemos a fraternidade entre nós, quando competimos para ocupar os primeiros postos, quando não encontramos a coragem para dar o testemunho da caridade, quando não somos capazes de oferecer esperança”, afirmou.

O papa definiu o que é “vilanizar-se” no século XXI: “Significa se deixar afetar pela idolatria de nosso tempo: a aparência, o consumo, o eu no centro de tudo, mas também o ser competitivo, a arrogância como atitude ganhadora, o de não admitir nunca haver cometido um erro ou ter uma necessidade. Tudo isto nos vilaniza, nos torna cristãos medíocres, mornos, insípidos”.

O pontífice argentino lembrou que “Jesus derramou seu sangue” para que os cristãos pudessem “ser purificados” de seus pecados.

“Para não nos vilanizarmos, olhemos para Ele, bebamos de sua fonte, para ele poder nos proteger do risco da corrupção”, insistiu.

Para Francisco, o bom cristão é o que leva aos demais “o amor de Deus, ajuda os doentes em corpo e espírito e ama os necessitados de reconciliação e compreensão”.

À missa foi seguida por uma procissão que concluiu na Basílica de Santa Maria Maggiore, onde o pontífice dividiu a bênção.

A festividade do Corpus Christi foi instituída pelo papa Urbano IV em 1264, após o chamado “milagre de Bolsena”.

Em 1263 o sacerdote boêmio Pedro de Praga viajava para Roma quando parou na cidade de Bolsena para oficiar uma missa, mas o padre duvidava da presença real de Cristo na Eucaristia e pediu a Deus um “sinal”.

Segundo a tradição católica, gotas de sangue emanaram da hóstia consagrada e caíram sobre o corporal (lenço que se estende no altar para pôr sobre ele a hóstia e o cálice), tela que hoje é guardada na catedral de Orvieto, no centro da Itália. EFE

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