Papa pede aos religiosos que não caiam no “alzheimer espiritual”

  • Por Agencia EFE
  • 08/07/2015 16h06

Quito, 8 jul (EFE).- O papa pediu nesta quarta-feira aos religiosos que não tenham um “alzheimer espiritual” que os faça esquecer que devem sempre servir ao povo e que devem voltar “ao caminho da gratuidade”, em discurso improvisado no santuário de Nossa Senhora de Quinche, nos arredores de Quito, em seu último ato no Equador.

“Hoje tinha que falar aos sacerdotes e aos religiosos e religiosas e dizer algo. Tenho um discurso preparado, mas não tenho vontade de lê-lo”, disse o pontífice, que começou a improvisar antes de se dirigir ao aeroporto desde onde viajará rumo à Bolívia.

Francisco pediu aos religiosos que “voltem ao caminho da gratuidade no qual Deus os elegeu” e lembrou as mesmos “que não pagaram para entrar na vida religiosa no seminário”.

O papa advertiu sobre o perigo de esquecer isto e citou os religiosos se sentem importantes porque foram promovidos a monsenhores ou bispos.

“Cuidem da saúde, mas sobretudo não caiam em outra doença que é perigosa e que é o alzheimer espiritual, (…) perder a memória”, disse.

O papa também recomendou que os religiosos não esqueçam de onde “saíram e não neguem suas raízes”.

O papa argentino pediu também que eles não esqueçam que sua missão é o serviço e brincou ao dizer que não podem “ficar em casa vendo uma telenovela”.

A Igreja tem que sair para servir aos demais, lembrou Francisco. “Dar de graça o que receberam de graça”.

Por isso, pediu que nunca sejam cobrados os serviços das paróquias pelas “graças alcançadas”.

Francisco também falou do povo equatoriano e destacou como é “contente, cordial, religioso e piedoso”.

“Tive vontade de perguntar qual é a receita deste povo”, acrescentou.

O papa, que chegou no domingo passado ao Equador, viajará hoje à Bolívia, sua segunda parada da curta viagem latino-americano, que inclui também o Paraguai. EFE

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