Papa se emociona em Auschwitz e pede que o “Senhor tenha piedade de seu povo”

  • Por Estadão Conteúdo
  • 29/07/2016 09h13
OSW06 OSWIECIM (POLONIA) 29/07/2016.- El papa Francisco durante su visita al campo de concentración nazi de Auschwitz, en Oswiecim, Polonia, hoy, 29 de julio de 2016. EFE/Daniel Dal Zennaro EFE Papa Auschwitz 2

 O papa Francisco, que visitou, nesta sexta-feira, 29, o campo de extermínio nazista de Auschwitz, escreveu no livro de Honra do local pedindo que “o Senhor tenha piedade de seu povo. Senhor, perdão por tanta crueldade”.

Duas linhas, escritas em espanhol, com a assinatura Francisco e a data desta sexta abaixo, foram as únicas palavras do pontífice sobre as sensações de sua visita ao local onde foram assassinadas 1,1 milhão de pessoas, já que decidiu que não pronunciaria nenhum discurso.

Francisco realizou a visita aos campos de extermino em absoluto silêncio, exceto quando cumprimentou os sobreviventes, um grupo de 25 pessoas parentes dos chamados “Justos das nações”, um título que foi concedida por sua ajuda aos judeus e às autoridades.

O pontífice atravessou completamente sozinho a entrada no campo e começou assim seu percurso silencioso.

Durante a visita houve momentos de grande intensidade, como quando parou diante do pátio onde eram chamados os condenados à morte. No local, o sacerdote polonês Maximiliano Kolbe ofereceu sua vida em troca da de um pai de família.

Francisco ficou por alguns minutos sentado com os olhos fechados e em profundo recolhimento e depois beijou um dos postes de madeira que serviam para as execuções.

Posteriormente, foi ao edifício de tijolo do Bloco 11 de Auschwitz que abriga a cela subterrânea na qual Kolbe morreu de inanição.

O papa permaneceu neste lugar sozinho, rezando durante aproximadamente dez minutos, em meio a uma leve penumbra, sentado em uma cadeira e cabisbaixo.

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