Paquistão não executará condenados durante o Ramadã
Islamabad, 15 jun (EFE).- O governo do Paquistão decidiu suspender durante o mês do Ramadã, o período mais sagrado para os muçulmanos, as execuções de condenados à morte, pena que voltou a determinar em dezembro de 2014.
“O governo impôs uma moratória sobre a pena de morte durante o mês do Ramadã e todas as províncias foram informadas sobre a decisão”, explicou um porta-voz do Ministério do Interior que preferiu não se identificar.
De acordo com a fonte é comum suspender a execução dessas penas durante o Ramadã, período em que são exaltados os valores islâmicos e os muçulmanos praticam o jejum diário e à meditação religiosa, e que começa esta semana.
Um dos presos que está no corredor da morte e cujo caso gerou controvérsia no âmbito internacional é Shafqat Hussain, que foi condenado quando supostamente era menor de idade e cujo enforcamento foi cancelado quatro vezes.
Ele foi condenado à morte em 2004 por um tribunal antiterrorista pelo assassinato de uma criança de sete anos, um crime que de acordo com sua família e organizações de direitos humanos cometeu sendo menor de idade.
Hoje, a mãe de Hussain, Makhani Begum, disse à Efe que está feliz porque seu “filho viverá por mais um mês”, embora não tem esperança de que possa sair do corredor da morte.
O Paquistão executou 150 dos 8 mil réus que estão no corredor da morte desde que, em dezembro passado, retomou a aplicação da pena máxima em casos de terrorismo como resposta ao massacre cometido por um grupo talibã em uma escola na qual 148 pessoas morreram, entre elas 132 estudantes. EFE
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