Para CNI, manutenção da Selic evita aprofundamento da recessão
Resultado do mês ficou 12 pontos percentuais abaixo do registrado em fevereiro de 2014
dinheiroA Confederação Nacional da Indústria (CNI) considerou “acertada” a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de interromper o ciclo de altas da Selic, taxa básica de juros da economia. O Copom decidiu hoje (2) manter a Selic em 14,25% ao ano após sete elevações consecutivas. Segundo nota da CNI, a manutenção da taxa “evita o aprofundamento da recessão”.
No entanto, a entidade criticou o nível elevado da Selic. Para a CNI, no patamar atual, a taxa “contribui para a deterioração da atividade econômica, com impacto no mercado de trabalho e na renda das famílias, afetando a dinâmica futura da inflação”.
A entidade representativa da indústria defendeu uma política fiscal “assertiva” e uma agenda de competitividade para enfrentar o atual momento econômico. “As dificuldades no campo fiscal, com reduções sucessivas da meta fiscal e tentativas frustradas de corte de gastos causam desapontamento e mitigam a credibilidade da política econômica, tornando o ajuste mais longo e custoso”, diz o comunicado, que pediu medidas estruturais, claras e rápidas para recuperação da confiança.
A decisão do Copom hoje já era esperada pelo mercado e já havia sido sinalizada pela autoridade monetária. No comunicado após a reunião desta quarta-feira, o comitê voltou a afirmar que “a manutenção desse patamar da taxa básica de juros, por período suficientemente prolongado, é necessária para a convergência da inflação para a meta no final de 2016”.
A meta da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Para 2015, a expectativa da equipe econômica do governo é que o IPCA feche o ano em 9,25%, acima do teto da meta, que é 6,5%. Para 2016, o governo trabalha com projeção de 5,4% de inflação. O governo também espera que a atividade econômica feche este ano em queda, com retração de 1,8%. Em 2016, prevê, terá alta de 0,2%.
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