Para especialista, terrorismo em aeroportos agride o mundo inteiro
Após o atentado em um aeroporto de Istambul, o alerta contra ataques está ligado, sobretudo no Brasil que sediará as Olimpíadas em agosto. Em entrevista à Jovem Pan, o professor Marcos Reys, especialista em segurança aeroportuária na aviação civil, afirma que o País está preparado: “O Brasil deu um salto de qualidade quando privatizou os aeroportos e existe um investimento muito grande em segurança. Tem um risco, mas as autoridades trabalham com risco, Não sei qual a porcentagem, mas (o Brasil) vai receber gente do mundo todo para uma confraternização, onde pessoas estão competindo, mas estão felizes. É um prato cheio para esse tipo de ação”.
Reys explica que a manifestação de atos terroristas mudou com o passar do tempo, e que hoje as consequências são muito piores: “Se levar em consideração a mudança da tática terrorista, o terrorismo da década de 70, eles sequestravam um avião, levavam para um pista ou local e trocavam por alguma coisa, um preso político, dinheiro. Já esse atual é um terrorismo de terror mesmo, de explodir, de não preservar a vida humana. Não que o outro não tinha, mas era uma forma de chamar atenção. Esse é uma forma de agredir o mundo inteiro com o ato”.
O professor falou que é necessário estar à frente da tecnologia que os terroristas utilizam, mas que é difícil prever um ataque quando os grupos estão infiltrados no mundo todo.
Para o especialista, aeroportos são escolhidos como alvo justamente pelo impacto internacional que a ação vai gerar: “Quando você faz um atentado em um aeroporto internacional, você não sabe qual a cidadania de todas as pessoas que estão ali, você está agredindo o mundo inteiro. (…) A administração aeroportuária e os governos tem que tomar muito cuidado e investir muito na segurança e na proteção da aviação civil”.
Informações: Fernando Martins
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