Para Santos, Estados Unidos reafirmam compromisso de paz com enviado especial
Bogotá, 20 fev (EFE).- A decisão do governo dos Estados Unidos de nomear um enviado especial para o processo de paz da Colômbia reafirma o compromisso do país com a iniciativa e reconhece os avanços das negociações com as Farc, disse nesta sexta-feira o presidente colombiano Juan Manuel Santos.
O presidente americano, Barack Obama, nomeou hoje Bernard Aronson, diplomata com larga experiência na América Latina, como o primeiro enviado dos Estados Unidos para o processo de paz da Colômbia, adotando assim um papel mais ativo na negociação na qual está imerso o país.
“Realizo este anúncio porque reafirmo o compromisso dos Estados Unidos com o processo de paz, tal qual expressou em repetidas ocasiões o presidente Obama e vários membros de seu gabinete”, disse Santos em comunicado divulgado por seu gabinete.
Segundo o líder colombiano, a designação do enviado para o processo de paz é também uma mostra do reconhecimento aos avanços das negociações que há 26 meses são realizadas com a guerrilha das Farc em Cuba. Ele acrescentou que com a nomeação de Aronson, que trabalhou nos processos de paz de El Salvador e Nicarágua, os EUA também fazem um reconhecimento à maneira como a negociação de paz é conduzida e é resultado das boas relações mantidas.
“Seu papel será de apoio ao processo, o que não significa sua participação direta na mesa de negociação”, explicou o líder colombiano.
O anúncio da nomeação de Aronson foi feito pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, que em na visita que fez à Colômbia em 12 de dezembro ressaltou o compromisso de seu país com o processo de paz colombiano.
“Os Estados Unidos apoiarão incansavelmente à Colômbia para chegar a uma paz negociada”, disse Kerry, à época, depois de se reunir com Santos.
Nessa visita, os dois governos colocaram um novo marco de cooperação bilateral no qual Washington apoiará à Colômbia, seu principal aliado militar na região, na etapa do pós-conflito caso um acordo definitivo de paz seja alcançado com os grupos guerrilheiros. EFE
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