Paraguai agradece ajuda do Brasil e espera extradição de ex-prefeito

  • Por Agencia EFE
  • 25/08/2015 16h18

Assunção, 25 ago (EFE).- O chanceler paraguaio, Eladio Loizaga, destacou nesta terça-feira a colaboração do governo brasileiro e disse que espera que o Supremo Tribunal Federal aceite extraditar ao Paraguai Vilmar Acosta, ex-prefeito acusado de planejar o assassinato em outubro de um jornalista e seu ajudante.

“O governo brasileiro cooperou em todo o processo”, declarou Loizaga depois de se reunir com o presidente do Paraguai, Horacio Cartes.

A reunião para tratar o caso de Acosta figura no segundo ponto da ordem do dia do Supremo Tribunal Federal para esta terça-feira.

“Esse é um pedido que pode ser atendido ou não”, explicou Loizaga, que também destacou o “fino” trabalho por parte da Procuradoria e da Chancelaria, com as precisas instruções do presidente Cartes para tratar deste tema.

Acosta, ex-prefeito da cidade paraguaia de Ypejhú, tem pendente um processo civil na cidade de Sete Quedas, fronteiriça com o Paraguai, pela anulação de sua certidão de nascimento brasileira.

A máxima instância judicial do Brasil poderia assim suspender sua decisão sobre o pedido de extradição de Acosta até que o processo civil seja resolvido, segundo a Procuradoria paraguaia.

Já no mês passado de abril, o Supremo Tribunal Federal negou um pedido de suspensão do processo de extradição de Acosta, tramitado pela defesa do ex-prefeito, que alegava que ele também possui nacionalidade brasileira, fato que impediria sua extradição.

Acosta, detido no começo de março no Brasil, é considerado o autor intelectual do assassinato de Pablo Medina, correspondente do jornal “ABC Color”, e de seu ajudante, Antonia Almada, ocorrido em 16 de outubro em Villa Ygatimí, no departamento paraguaio de Canindeyú (leste).

Medina era o correspondente do jornal “ABC Color” neste departamento e era conhecido por suas investigações jornalísticas sobre as supostas conexões entre narcotraficantes e políticos governistas de diferentes níveis no Paraguai, uma trama que recebeu o nome de narcopolítica. EFE

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