Paraguai tem 2º assassinato de jornalista em pouco mais de um mês

  • Por Agencia EFE
  • 20/06/2014 15h54

Assunção, 20 jun (EFE).- O Sindicato de Jornalistas do Paraguai condenou nesta sexta-feira o assassinato do radialista e advogado Édgar Fernández Fleitas, encontrado morto dentro de casa na cidade de Concepción, a 300 quilômetros ao norte de Assunção, com marcas de seis tiros na cabeça e o pescoço.

Fernández, de 43 anos, conduzia um programa chamado “Ciudad de la Furia” (Cidade da Fúria) na rádio “Belén Comunicaciones”, onde denunciava as supostas corrupções do Poder Judiciário da região, conforme explicou à Agência Efe Santiago Ortiz, secretário-geral do Sindicato de Jornalistas do Paraguai (SPP).

“O crime é o segundo em pouco mais de um mês e está relacionado às denúncias e críticas que fazia às autoridades sobre casos de má gestão da administração, era advogado e conhecia estes assuntos”, expressou Ortiz.

Em 16 de maio, outro jornalista paraguaio, Fausto Gabriel Alcaraz, conhecido por suas denúncias contra o tráfico de drogas, morreu depois de ser atingido por tiros disparados por dois desconhecidos que entraram de moto em sua casa, na cidade de Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil, onde no ano passado foi assassinado outro jornalista. Os criminosos entraram na casa com permissão da vítima, por isso a polícia acredita que tenham se apresentado como alguém conhecido.

De acordo com o diretor do SPP, o crime de hoje é muito semelhante ao cometido em Pedro Juan Caballero no mês passado. Assim como Fernández, Fleitas também foi baleado quando voltava para casa, após apresentar seu programa de rádio.

A Justiça anunciou então que averiguaria o assassinato do jornalista, mas ainda não comunicou qualquer resultado.

Em abril de 2013, Carlos Manuel Artaza, de 45 anos, que trabalhava para a secretaria de imprensa do departamento de Amambay, foi assassinado na mesma cidade. Ele foi atingido por cinco disparos quando voltava para casa após a celebração da vitória do governador eleito nas eleições gerais de 21 de abril, o liberal Pedro González. EFE

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