Paraguai vê como “vitória” extradição de ex-prefeito preso no Brasil

  • Por Agencia EFE
  • 25/08/2015 19h19
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Assunção, 25 ago (EFE).- O procurador-geral do Paraguai, Javier Díaz Verón, qualificou nesta terça-feira de “vitória contra a impunidade” o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovar o pedido de extradição de Vilmar Acosta, ex-prefeito acusado de planejar o assassinato de um jornalista e sua auxiliar em outubro.

O caso foi discutido hoje pela Segunda Turma do STF, que aprovou a extradição de Acosta por unanimidade.

“A decisão da Justiça brasileira é mais do que importante para nós, levando em conta que está comprovado de forma legal que Vilmar Acosta é paraguaio e deve se submeter à Justiça de nosso país, pelos fatos puníveis a ele atribuídos”, afirmou Verón, conforme um comunicado da Justiça paraguaia.

Acosta é ex-prefeito de Ypehú, cidade que faz fronteira com Paranhos, no Mato Grosso do Sul, e membro do governante Partido Colorado. Ele é acusado de ser o autor intelectual dos assassinatos do correspondente do jornal paraguaio “ABC Color” Pablo Medina e de sua assistente, Antonia Almada, em outubro de 2014. O político é acusado ainda de produção, refino e tráfico de maconha.

Pablo Medina era conhecido por suas investigações jornalísticas no departamento de Canindeyú, do qual Ypehú faz parte, uma das principais regiões de produção de maconha e de tráfico de cocaína do Cone Sul.

O ex-prefeito, também conhecido como “Neneco”, foi detido em 4 de março em Naviraí, no Mato Grosso do Sul, após ficar cinco meses foragido da Justiça paraguaia. Ao ser detido, apresentou identidade brasileira com o nome de Vilmar Marques Gonzales e natural da cidade Paranhos, que a Polícia Federal comprovou ser falso.

O juiz de Sete Quedas anulou a certidão de nascimento brasileira do político e a decisão final sobre o caso deve sair em breve.

O governo paraguaio solicitou formalmente a extradição de Acosta assim que soube de sua detenção e hoje, frente à iminente decisão, o chanceler paraguaio, Eladio Loizaga, parabenizou a colaboração do Brasil neste caso. EFE

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