Parentes de vítimas do voo TAM 3054 esperam por condenação de todos os réus
A Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do voo TAM 3054 espera pela condenação de todos os réus acusados de participação na tragédia.
O Ministério Público Federal, em suas alegações finais, pediu pena de até 24 anos aos responsáveis pelo acidente em julho de 2007 que matou 199 pessoas.
Para o MPF, a ex-diretora da ANAC, Denise Abreu, e o ex-diretor de segurança de voo da TAM, Marco Aurélio Miranda, devem ser condenados e responsabilizados por atentado contra a segurança de transporte aéreo na modalidade dolosa, quando há intenção ou assume-se o risco pelo resultado.
A Procuradoria também solicitou a absolvição do terceiro réu denunciado, o vice-presidente de operações da TAM, Alberto Fajerman, por falta de provas. O presidente da Associação dos Familiares e amigos das Vítimas do Voo JJ 3054, Dário Scott, disse a André Aguiar que todos devem ser condenados.
*Ouça os detalhes no áudio
O Ministério Público Federal respeita a opinião da Associação e destaca a importância da assistência de acusação neste caso. Mas segundo o procurador da República, Rodrigo De Grandis, não há elementos para responsabilizar Alberto Fajerman no episódio.
O advogado que defende a ex-diretora da ANAC diz que sua cliente está sendo tratada como “bode expiatório” ao ser responsabilizada pelo acidente. De acordo com Roberto Podval, outras pessoas deveriam ser acusadas de participação nesta tragédia.
Já o defensor do ex-diretor de Segurança de Voo da TAM disse que seu cliente, Marco Aurélio Miranda, não tinha poder para fechar a pista de Congonhas. O advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira tem o mesmo entendimento do seu colega e espera pela absolvição dos réus.
Uma investigação da Aeronáutica apontou que o Airbus da TAM acelerou em vez de frear, já que um dos reversores estava inoperante. A defesa terá agora 45 dias para apresentar suas argumentações e, a partir daí, a Justiça decidirá se os réus são culpados ou inocentes.
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