Paris realiza cúpula para lutar contra grupo terrorista Boko Haram

  • Por Agencia EFE
  • 17/05/2014 08h14
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Paris, 17 mai (EFE).- A luta contra o Boko Haram, o grupo terrorista que ficou em evidência depois do sequestro de mais de 200 estudantes na Nigéria, é o assunto central neste sábado na cúpula de cinco chefes de Estado africanos em Paris, da qual François Hollande será anfitrião.

Junto a ele estarão os presidentes da Nigéria, Goodluck Jonathan; Chade, Idriss Déby; Níger, Mahamadu Isufu; Benin, Thomas Boni Yayi; Camarões, Paul Biya, além de representantes da União Europeia, dos Estados Unidos e o Reino Unido.

A reunião de Paris, convocada pela França a pedido da Nigéria, pretende coordenar as estratégias destes países, frequentemente sem relações diplomáticas, para melhorar a luta contra esta seita radical islâmica, que se movimenta facilmente pelas fronteiras desses Estados.

Esta colaboração, indicam fontes diplomáticas francesas, se dá entre Nigéria, onde é radicado Boko Haran, e seu vizinho Níger, que há anos compartilham informação além da fronteira e inclusive organizam comandos conjuntos para atacar ao grupo.

Mas essa cooperação não existe com outros países, em particular com Camarões, cujas relações diplomáticas com a Nigéria estão congeladas e que sempre se negou a considerar como próprio o problema de Boko Haram.

O fato de Biya se encontrar na capital francesa para participar desta cúpula já é um avanço, asseguram em Paris, que pode levar Yuandé se envolver na luta contra este grupo.

A curto prazo, a reunião pode servir para tratar o resgate das 200 estudantes, coordenado desde Abuja por um grupo de analistas enviados por Washington e Londres, entre outros.

Mas os organizadores consideram que a cúpula deve dar resultados mais a longo prazo, com a iniciativa de estratégias conjuntas de cooperação para combater o grupo terrorista.

Nesse sentido, os países ocidentais estão dispostos a ajudar os Estados, com modernas estratégias e meios de espionagem e localização por satélite.

A França considera obsoleta a estratégia da Nigéria para combater o Boko Haram, baseada na repressão militar com ataques indiscriminados a cidades e que provoca muitas vítimas civis inocentes.

Outro dos avanços que podem sair de Paris é que a Nigéria internacionalize o problema e permita que a ONU imponha sanções ao Boko Haram similares às da Al Qaeda, algo que por enquanto é negado por Jonathan. EFE

lmpg/ff

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