Paris reúne mais de 60 ministros do Meio Ambiente em reta final para COP21

  • Por Agência EFE
  • 08/11/2015 15h53
EFE Paris reúne mais de 60 ministros do Meio Ambiente em reta final para COP21

Mais de 60 ministros do Meio Ambiente de todo o mundo se reúnem a partir deste domingo em Paris para fechar os últimos detalhes antes do início da cúpula da mudança climática (COP21), que começará em três semanas na capital francesa.

Após uma sessão inaugurada pelo ministro das Relações Exteriores francês e presidente da COP21, Laurent Fabius, e pelo ministro peruano de Meio Ambiente e presidente da COP20, Manuel Pulgar Vidal, representantes do mundo inteiro começaram a abordar os caminhos para tentar alcançar o objetivo de um aquecimento global não superior aos dois graus.

Fabius destacou que na chamada “pré-COP”, “a maior das realizadas até agora”, o objetivo é avançar rumo a um “ambicioso” acordo em Paris, mas reconheceu que isso é “muito difícil e comprometido porque as posições não são as mesmas”.

“Muito trabalho que já foi feito, mas assim como nas corridas, muitas vezes os últimos quilômetros são os mais difíceis”, comparou Fabius.

O ministro francês lembrou a minuta de acordo firmada recentemente pelos negociadores em Bonn, na Alemanha, e admitiu que, embora “muitos desejassem um texto mais curto”, está estruturado e “sobretudo” foi aceito como a base para a negociação final em Paris.

Segundo Fabius, o objetivo desta última reunião preparatória será colocar sobre a mesa de negociações da COP21 um texto que parta do documento aprovado em Bonn, que receba o impulso político necessário para facilitar o acordo final.

Em meio às últimas conversas para facilitar esse impulso político, o presidente do Peru, Ollanta Humala, se comunicou na sexta-feira em videoconferência com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, entre outros, para abordar a próxima cúpula do clima de Paris.

Fabius pediu hoje que não os representantes não se limitem à ambição de reduzir as emissões, mas também a estendam aos meios financeiros e tecnológicos para combater a mudança climática.

O presidente da COP21 também pediu “igualdade” entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento na hora de assumir compromissos, já que “foi aceita uma repartição justa dos esforços, mas há discussões sobre as modalidades”.

A “pré-COP” abordará também o início de “ações concretas” antes de 2020, ano em que deve entrar em vigor o acordo firmado em Paris, e o financiamento posterior a essa mesma data.

“Se não chegamos a um acordo na COP, a opinião pública mundial não entenderá. Mais tarde, será tarde demais. Espero que os ministros estejam à altura da responsabilidade”, comentou.

Entre os países presentes nesta reunião preparatória estão os principais emissores de gases do efeito estufa, como Estados Unidos, China, Índia, Brasil e Rússia, além de outros que são particularmente vulneráveis aos efeitos da mudança climática, como Bangladesh e Níger.

Durante três dias, reunidos no Centro de Conferências do Ministério de Relações Exteriores francês, os ministros conversarão para dar um último impulso à COP21, que será inaugurada com uma grande cúpula de líderes.

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