Parlamentar americano acusa China por ciberataque aos EUA
Washington, 7 jun (EFE).- O congressista republicano Michael McCaul afirmou neste domingo que todos os indícios apontam que a China está por trás do ciberataque que comprometeu dados de até 4 milhões de servidores federais dos Estados Unidos, acusação não confirmada pela Casa Branca.
“Essa é a violação mais significativa de redes federais da história dos EUA”, disse McCaul em entrevista à emissora “CBS News”.
O parlamentar, que preside o Comitê de Segurança Nacional da Câmara dos Representantes, afirmou que “todos os indicadores de ameaça apontam a China como origem do ciberataque”, que afetou o sistema do Escritório de Gestão Pessoal dos EUA.
“Em minha opinião, isso foi um ataque da China contra o governo dos EUA e se trata de espionagem”, acrescentou McCaul sobre o incidente, que ocorreu em dezembro, mas só foi detectado em maio.
McCaul é o segundo congressista americano que aponta diretamente a China como responsável da invasão. A primeira acusação foi feita na última quinta-feira pela senadora republicana Susan Collins, que pertence à Comissão de Inteligência do Senado.
Membros do governo americano também afirmaram à imprensa local, sob condição de anonimato, que suspeitam que os ataques foram feitos por hackers chineses.
No entanto, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse na sexta-feira que ainda não se pode “especular” sobre a autoria da invasão porque o incidente ainda está sendo investigado pelo FBI.
O governo chinês, por outro lado, garantiu que “não há provas científicas” que comprovem seu envolvimento no ataque.
O jornal americano “The Washington Post” informou na última sexta-feira que a China está construindo “grandes bases de dados com informação pessoal de americanos” com o objetivo de “recrutar espiões e conseguir mais informações sobre o adversário”.
O “Post”, que cita funcionários do governo americano e especialistas, diz que, além do Escritório de Gestão Pessoal, os hackers chineses também atacarama o sistema da companhia de planos de saúde Anthem.
“Isto é parte de um plano estratégico”, disse ao jornal um integrante do governo que pediu o anonimato. EFE
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