Parlamento da Coreia do Norte reúne-se entre especulações sobre Kim Jong-un

  • Por Agencia EFE
  • 25/09/2014 04h16
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Seul,25 set (EFE).- A Assembleia Popular da Coreia do Norte realiza nesta quinta-feira uma sessão extraordinária, em um ambiente marcado no exterior pelas especulações sobre o líder Kim Jong-un após seu misteriosa ausência dos meios de comunicação por várias semanas.

A segunda sessão deste ano da XIII Assembleia Popular Suprema norte-coreana está programada para hoje, como anunciou no início do mês a agência do regime “KCNA”, mas os meios de comunicação estatais não ofereceram informação sobre o início do encontro.

A reunião parlamentar, rodeada por um alto secretismo como toda atividade política no país mais isolado do mundo, acontece em um momento marcado pela incomum ausência de Kim Jong-un da mídia norte-coreana, que há três semanas não informa sobre as atividades do líder.

Deste modo, um dos principais focos de interesse da sessão extraordinária de hoje é a presença ou não do jovem ditador, cuja última aparição em público aconteceu em um show de música no dia 3 de setembro.

A imprensa e analistas da vizinha Coreia do Sul já começaram a especular sobre o estado de saúde de Kim, mas a extrema opacidade da Coreia do Norte impede saber qual é o motivo da ausência midiática do líder, habitualmente onipresente nos jornais e na televisão do regime.

A Assembleia Popular Suprema geralmente realiza reuniões anuais de seus 687 membros em março ou abril, mas às vezes convoca no outono sessões extraordinárias para anunciar ou aprovar medidas importantes.

Analistas da Coreia do Sul apontaram que na sessão de hoje poderiam acontecer novas nomeações e mudanças na elite que afetariam pesos pesados do regime, como Choe ryong-hae, vice-presidente da Comissão Nacional de Defesa (NDC), ou Hwang Pyong-sob, chefe do birô político do exército.

Além disso, os legisladores norte-coreanos poderiam decretar hoje medidas políticas importantes que afetem o sistema de educação obrigatória do país, assim como assuntos econômicos ou o serviço militar obrigatório, segundo os prognósticos dos analistas.

A XIII Assembleia Popular Suprema realizou sua primeira sessão em abril depois que no mês anterior 687 deputados, entre eles Kim Jong-un, obtiveram sua cadeira nas eleições parlamentares.

O parlamento norte-coreano está monopolizado por uma maioria arrasadora de deputados do governante Partido dos Trabalhadores, mas também conta com forças políticas menores, todas elas ligadas à ideologia do socialismo “juche” (auto-suficiência) que rege o Estado.

O principal órgão legislativo do país tem como função referendar as decisões tomadas pela cúpula do Partido dos Trabalhadores, liderada pelo “líder supremo”. EFE

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