Parlamento da Letônia realiza primeiro turno para escolher presidente do país

  • Por Agencia EFE
  • 03/06/2015 11h04
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Riga, 3 jun (EFE).- O parlamento da Letônia realiza nesta quarta-feira o primeiro turno para eleger o presidente da república entre quatro candidatos, dos quais, segundo os analistas, nenhum deve vencer com os 51 votos necessários entre 100 deputados.

Os dois favoritos a suceder o atual presidente, Andris Berzins, que deixa o cargo no dia 8 de julho, são o ministro da Defesa Raimonds Vejonis, membro da Aliança de Verdes e Granjeiros, e Egils Levits, juiz do Tribunal de Justiça da União Europeia, sem afiliação, mas promovido pela Aliança Nacional de centro-direita.

Também concorrem ao cargo Martins Bondars, da opositora Aliança Letona de Regiões e Sergejs Dolgopolovs, do opositor partido social-democrata Harmonia.

Como o voto é segredo, correm rumores de negociações políticas em segredo, sobretudo porque o partido Unidade, do primeiro-ministro Laimdota Straujuma, não apresenta um candidato próprio.

Isso ocorre porque muitos membros do Unidade, legenda que conta com 23 votos no Seima (parlamento) apoiam Vejonies, enquanto outros votam em Levits.

Cerca de 50 manifestantes se reuniram em frente ao parlamento com cartazes e tambores e gritaram o nome de Levits para mostrar seu apoio ao candidato promovido pela Aliança Nacional enquanto os deputados chegavam ao edifício para a sessão extraordinária do Seima, que começava às 10h locais.

Levits, que recebeu flores de um apoiador, chegou ao parlamento acompanhado pela esposa e pela filha em meio a vários jornalistas que esperavam na entrada. A chegada dos outros candidatos foi recebida com mais gritos de apoio a Levits.

A manifestação de apoio ao juiz, nascido na Letônia, mas educado na Alemanha, foi organizada através das redes sociais.

A previsão para este primeiro turno é que os deputados votem pelos candidatos promovidos por seu partido e que nenhum alcance os 51 votos necessários.

Em um segundo turno, o candidato com o número menor de votos – possivelmente Bondars, que conta com o apoio de apenas sete deputados – será eliminado e a votação continuará segundo este mesmo princípio até que reste só um.

Caso esse candidato não conte com o apoio de pelo menos 51 dos cem membros do Seima, será anunciada uma nova rodada de indicações em cinco dias, à qual seguirão as correspondentes rodadas de votações dez dias depois. EFE

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