Parlamento da Venezuela aprova estado de exceção em 10 cidades da fronteira

  • Por Agencia EFE
  • 17/09/2015 21h19
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Caracas, 17 set (EFE).- O parlamento da Venezuela aprovou nesta quinta-feira, graças à maioria governista, os decretos que determinam estado de exceção em outros dez municípios do país, anunciados pelo presidente Nicolás Maduro dentro do combate contra o crime organizado e o contrabando na fronteira com a Colômbia.

Em uma sessão realizada no estado de Apure, que terá três cidades afetadas pela medida, o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, presidiu a votação de quatros decretos que englobam também sete municípios de Zulia, onde valerão tanto a restrição de garantias como o fechamento da fronteira.

“Estão aprovados pela maioria revolucionária aqui presente hoje. A Assembleia Nacional novamente atendeu à pátria e ao povo venezuelano”, anunciou Cabello.

Na sessão estiveram presentes os governadores de Zulia, Francisco Arias Cárdenas, e de Apure, Ramon Carrizález, ambos governistas e militares reformados, assim como Cabello.

Carrizález disse estar de acordo com a aprovação do decreto porque ele permitirá “o desenvolvimento da paz com todos os nossos direitos”.

Os sete municípios de Zulia afetados pela medida são: Jesús Enrique Lozada, Rosário de Perijá, Machiques de Perijá, Cañada Urdaneta, Jesús María Semprún, Catatumbo e Colón. Já Páez, Rómulo Gallegos e Pedro Camejo são os três municípios de Apure incluídos nos decretos presidenciais.

Atualmente, já são 23 cidades, a maior parte delas na fronteira com a Colômbia, nas quais estão sendo aplicados o fechamento de passagem e o estado de exceção, o que abrange cerca de dois terços dos 2.219 quilômetros de divisa entre os dois países.

Para tentar buscar uma solução para a crise, Maduro e o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, se reunirão em Quito na próxima segunda-feira.

O problema começou no dia 19 de agosto, quando o líder venezuelano anunciou o fechamento da fronteira de seis municípios do estado de Táchira, após denunciar o ataque de supostos paramilitares colombianos contra militares do país e um civil. EFE

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