Parlamento escocês rejeita legalização do suicídio assistido
Londres, 27 mai (EFE).- O parlamento autônomo da Escócia rejeitou nesta quarta-feira, por 82 votos contra 36, uma lei que previa legalizar o suicídio assistido para pessoas com doenças terminais.
Após debater o texto, os deputados do parlamento de Holyrood (Edimburgo) se pronunciaram sobre uma regulação que buscava permitir que médicos auxiliassem pacientes que solicitem a eutanásia.
A lei, que não contava com o apoio do governo do Partido Nacionalista Escocês (SNP), foi apresentada pelo líder do Partido Verde na Escócia, Patrick Harvie.
A parlamentar independente Margo MacDonald, que morreu em abril de 2014 após uma longa batalha contra o Parkinson, já havia apresentado há cinco anos uma legislação similar na câmara, que também foi rejeitada na época.
“Espero que todos os membros do parlamento entendam a ideia de que os seres humanos têm direito a tomar uma decisão quando sofrem uma doença terminal ou que vai encurtar sua vida”, disse hoje Harvie ao abrir o debate.
O comitê de Saúde do parlamento escocês emitiu recentemente um relatório no qual concluía que a lei contém “defeitos significativos” e se mostrou contrário a seus princípios gerais.
A ministra de Saúde escocesa, Shona Robison, afirmou que o Executivo autônomo considera que não pode ser legal “auxiliar alguém a cometer suicídio” e ressaltou que seu governo “não tem planos de mudar isso”.
O suicídio assistido está proibido também no resto do Reino Unido, onde nesta semana causou polêmica a morte do empresário britânico Jeffrey Spector, de 54 anos, doente de câncer e que viajou para Suíça para acabar com sua vida. EFE
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