Parlamento iraquiano aprova reformas contra corrupção e sectarismo

  • Por Agencia EFE
  • 11/08/2015 11h58

Bagdá, 11 ago (EFE).- O parlamento iraquiano aprovou nesta terça-feira por unanimidade as reformas políticas para lutar contra a corrupção, o sectarismo e os privilégios políticos propostas pelo primeiro-ministro, Haidar al Abadi.

Em uma sessão transmitida pela televisão oficial, os 297 deputados (do total de 328) presentes votaram a favor das reformas.

O Conselho de Ministros já aprovou há dois dias essas medidas em reunião extraordinária realizada após as recentes manifestações e as críticas ao Executivo, incluídas as da máxima autoridade religiosa, Ali al Sistani.

O presidente do parlamento, Salim al Jabouri, pediu hoje que o Conselho Supremo de Justiça elabore um documento que garanta sua independência.

Al Jabouri também anunciou que os deputados estão obrigados a apresentar provas sobre qualquer denúncia de corrupção e que vai ser formada uma comissão para investigar estes casos.

O pacote de medidas inclui a eliminação dos cargos de vice-presidente e vice-primeiro-ministro, ocupados pelo ex-primeiro-ministro Nouri al-Maliki e por Saleh al Mutlak, respectivamente, assim como o corte de privilégios especiais dos máximos responsáveis.

Al Abadi apresentou estas propostas no domingo passado, dois dias depois que milhares de pessoas se manifestaram em Bagdá e em várias cidades do sul contra a corrupção, a deterioração dos serviços, especialmente a eletricidade e a água, e a situação de insegurança.

A máxima autoridade religiosa xiita, Al Sistani, solicitou nesse dia ao presidente do executivo que fosse mais “valente” na luta contra a corrupção.

A ocupação de Mossul, em julho do ano passado por parte do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), suscitou uma profunda crise de governo do então primeiro-ministro Nouri al-Maliki, que foi acusado de sectarismo e de não ser capaz de evitar dita invasão.

Desde então, as autoridades apenas não puderam conter o grupo radical, que proclamou um califado nos territórios da Síria e Iraque que controla. EFE

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