Parlamento líbio dá voto de confiança a governo de Maitiq

  • Por Agencia EFE
  • 25/05/2014 16h35
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Trípoli, 25 mai (EFE).- O parlamento da Líbia deu neste domingo seu voto de confiança ao governo apresentado pelo primeiro-ministro Ahmad Maitiq em uma sessão realizada em meio a fortes medidas de segurança devido à situação de instabilidade que o país atravessa.

O deputado Mohammed Sumud confirmou à Agência Efe que a equipe de Maitiq conseguiu o apoio de 83 dos 93 legisladores presentes na Assembleia Legislativa, composta por 200 parlamentares. Os outros dez que foram à votação se abstiveram.

A sessão de hoje, convocada para as 11h locais, não pôde acontecer até a tarde devido à falta de quórum, já que o número mínimo de legisladores necessário para que a sessão começasse, segundo o regimento da câmara, é, precisamente, de 93.

Muitos legisladores não responderam à convocação feita pela presidência do Congresso Nacional Geral (parlamento), apesar de a casa ter classificado a participação como de extrema importância.

“Esta reunião pode ser a última, e sua presença é de uma importância extrema para revisar as iniciativas e insistir no sucesso da transição pacífica do poder”, dizia o convite feito aos congressistas.

Segundo o deputado independente Khaled al Mashri, a equipe de Maitiq não conta com o apoio de muitos deputados do sul e do leste do país, que pediram que seja repetida a eleição para primeiro-ministro.

Maitiq, um empresário natural da cidade de Misrata, no oeste da Líbia, venceu a disputa para o posto de premiê graças ao apoio da corrente islamita do parlamento em uma polêmica votação realizada no dia 5 de maio.

O país está imerso em uma profunda crise desde o fim de semana passado, quando o general reformado Khalifa Hafter, no comando de grupos paramilitares e milícias leais, lançou uma ofensiva dirigida, segundo ele, a acabar com as milícias terroristas e radicais islâmicas da cidade oriental de Benghazi.

No entanto, pouco depois, Hafter propôs a criação de um Conselho Supremo e de um governo de emergência para dirigir o país até a realização de eleições, previstas, a princípio, para o diaa 25 de junho.

O golpe de força de Hafter, qualificado de golpista pelas autoridades, somado a outro ataque protagonizado por duas milícias da cidade ocidental de Zintan contra a sede do parlamento, semeou a confusão e o caos no país, que sofre com um bloqueio institucional há vários meses. EFE

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