Parlamento tunisiano convoca sessão para votar nova Constituição
Túnis, 26 jan (EFE).- A Assembleia Nacional Constituinte (ANC) tunisiana convocou neste domingo os deputados para uma sessão vespertina para submeter à votação a nova Constituição, cuja aprovação representará o último grande marco da transição democrática.
A sessão, prevista a princípio para esta manhã, foi adiada para as 16h locais (13h de Brasília), informaram à Agência Efe fontes do gabinete de comunicação do Parlamento.
A reunião estará dedicada à leitura completa da Lei Fundamental, que consta de 146 artigos, e a sua posterior votação, que poderia ver-se adiada para amanhã se a leitura se prolongar.
A nova Carta Magna, cuja discussão começou no último dia 3 e concluiu na quinta-feira, deverá contar com o apoio de dois terços dos deputados (147) para ser definitivamente aprovada e se transformar na primeira Constituição da democracia tunisiana.
Uma vez obtido o sinal verde dos legisladores, os presidentes do país e do Executivo deverão referendá-la oficialmente em uma sessão posterior que será realizada no prazo de uma semana.
Estas discussões coincidem com a formação de um novo Executivo por parte do primeiro-ministro Mehdi Yuma, que foi bloqueada ontem por falta de consenso em torno do ministro do Interior.
A decisão de Yuma, apoiado pelo partido majoritário islamita Al-Nahda, de manter no novo Executivo o atual titular de Interior, Lotfi Ben Yedu, topou com a rejeição frontal da oposição que não deseja ver nenhuma cara repetida no novo gabinete.
Após este fracasso, espera-se que o chefe de Estado, Moncef Marzouki, renove a Yuma a incumbência de formar um governo, para encontrar em 15 dias um Executivo de consenso que satisfaça o governo e a oposição.
Em entrevista coletiva oferecida ontem à noite, o primeiro-ministro assegurou não ter apresentado sua equipe para “dar uma oportunidade a que o consenso entre todas as partes envolvidas seja total”
Em outubro do ano passado, as forças políticas tunisianas se comprometeram com um roteiro que estipulava a formação de um Executivo independente formado por tecnocratas, a redação da Constituição e a iniciada de todos os mecanismos necessários para a realização de eleições presidenciais e legislativas. EFE
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