Parlamento tunisiano convoca sessão para votar nova Constituição

  • Por Agencia EFE
  • 26/01/2014 09h08
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Túnis, 26 jan (EFE).- A Assembleia Nacional Constituinte (ANC) tunisiana convocou neste domingo os deputados para uma sessão vespertina para submeter à votação a nova Constituição, cuja aprovação representará o último grande marco da transição democrática.

A sessão, prevista a princípio para esta manhã, foi adiada para as 16h locais (13h de Brasília), informaram à Agência Efe fontes do gabinete de comunicação do Parlamento.

A reunião estará dedicada à leitura completa da Lei Fundamental, que consta de 146 artigos, e a sua posterior votação, que poderia ver-se adiada para amanhã se a leitura se prolongar.

A nova Carta Magna, cuja discussão começou no último dia 3 e concluiu na quinta-feira, deverá contar com o apoio de dois terços dos deputados (147) para ser definitivamente aprovada e se transformar na primeira Constituição da democracia tunisiana.

Uma vez obtido o sinal verde dos legisladores, os presidentes do país e do Executivo deverão referendá-la oficialmente em uma sessão posterior que será realizada no prazo de uma semana.

Estas discussões coincidem com a formação de um novo Executivo por parte do primeiro-ministro Mehdi Yuma, que foi bloqueada ontem por falta de consenso em torno do ministro do Interior.

A decisão de Yuma, apoiado pelo partido majoritário islamita Al-Nahda, de manter no novo Executivo o atual titular de Interior, Lotfi Ben Yedu, topou com a rejeição frontal da oposição que não deseja ver nenhuma cara repetida no novo gabinete.

Após este fracasso, espera-se que o chefe de Estado, Moncef Marzouki, renove a Yuma a incumbência de formar um governo, para encontrar em 15 dias um Executivo de consenso que satisfaça o governo e a oposição.

Em entrevista coletiva oferecida ontem à noite, o primeiro-ministro assegurou não ter apresentado sua equipe para “dar uma oportunidade a que o consenso entre todas as partes envolvidas seja total”

Em outubro do ano passado, as forças políticas tunisianas se comprometeram com um roteiro que estipulava a formação de um Executivo independente formado por tecnocratas, a redação da Constituição e a iniciada de todos os mecanismos necessários para a realização de eleições presidenciais e legislativas. EFE

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