Partidários e opositores ao amparo de refugiados se estranham em Lisboa

Lisboa, 12 set (EFE).- Cerca de 200 pessoas se concentraram neste sábado em Lisboa para mostrar apoio à chegada de refugiados a Portugal, frente ao protesto contrário de nacionalistas do Partido Nacional Renovador (PNR), o que suscitou tensões na cidade.

Para comemorar o Dia Europeu de Ação pelos Refugiados, foram organizadas manifestações solidárias em cinco cidades (Porto, Coimbra, Faro, Felgueiras e Lisboa), que se uniram assim a outras localidades europeias que participaram da iniciativa.

A manifestação de Lisboa esteve marcada pelos momentos de tensão registrados entre os manifestantes e membros do nacionalista PNR que se aproximaram da cêntrica praça do Marquês de Pombal, onde começava a manifestação.

Liderados por seu secretário geral, João Patrocínio, os membros do PNR expressaram, com megafone em mãos, rejeição a ser “invadidos” pelos refugiados, o que provocou gritos de “Fascistas!” por parte de alguns manifestantes.

A polícia foi obrigada a intervir e os agentes formaram um cordão entre os dois grupos, retendo os membros do PNR em Marquês de Pombal enquanto a manifestação de apoio aos refugiados descia pela Avenida da Liberdade, uma das principais vias da capital.

O cordão policial se manteve posteriormente enquanto os simpatizantes do PNR desciam a avenida, cerca de 500 metros de distância dos manifestantes.

Ambos grupos voltaram a se juntar no ponto final da manifestação, a Praça do Comércio, onde de novo houve troca de insultos, embora não tenham ocorrido incidentes maiores.

Segundo a repartição feita pela Comissão Europeia, Portugal receberá algo mais de 3 mil refugiados que podem começar a chegar ao país a partir de outubro. EFE