Partido Conservador vence eleições no Reino Unido, segundo boca de urna
Londres, 7 mai (EFE).- O Partido Conservador, do primeiro-ministro David Cameron, é a legenda que conseguiu o maior número de cadeiras no Parlamento nas eleições realizadas nesta quinta-feira no Reino Unido, com 316, seguido pelo Partido Trabalhista, com 239, segundo uma pesquisa de boca de urna da rede de televisão “BBC”.
A pesquisa, divulgada no fechamento dos colégios eleitorais, por volta das 22h (horário local, 18h de Brasília), aponta também que o Partido Nacionalista Escocês (SNP) obteve 58 cadeiras e foi o terceiro mais votado.
Os nacionalistas escoceses tirariam quase todos os assentos reservados para a Escócia na Câmara dos Comuns, 58 de um total de 59, segundo a boca de urna.
O Partido Liberal-Democrata, do vice-primeiro-ministro Nick Clegg e aliado dos conservadores na última legislatura, ficaria em quarto lugar, com 10 cadeiras, uma forte queda em relação aos 56 assentos que obtiveram nas eleições gerais de 2010.
O partido galês Plaid Cymru, segundo a pesquisa, obteria quatro cadeiras, enquanto o “eurofóbico” Partido da Independência do Reino Unido (UKIP), ficaria com apenas duas.
Em um dos pleitos mais imprevisíveis dos últimos anos no Reino Unido, os britânicos votaram para renovar as 650 cadeiras da Câmara dos Comuns do parlamento de Westminster.
As pesquisas sobre intenções de voto divulgadas durante a campanha eleitoral apontaram um empate entre os dois principais partidos do Reino Unido, o Conservador e o Trabalhista, os únicos com possibilidades de formar o governo segundo o sistema eleitoral do país, de maioria simples em um só turno.
Caso nem os “tories” nem os trabalhistas consigam a maioria necessária para governar sozinhos, serão forçados a negociar uma coalizão ou pactos com legendas minoritárias.
No sistema britânico, ganha em cada distrito eleitoral o candidato com mais votos, e em nível nacional o partido com mais cadeiras, com 650 em disputa, por isso são necessários 326 assentos para que uma legenda consiga a maioria absoluta.
Essa maioria pode ficar reduzida a 323 se não forem contadas as cadeiras do partido republicano Sinn Féin, cujos deputados não vão à Câmara dos Comuns porque se negam a prestar juramento de lealdade à rainha Elizabeth II – requisito imprescindível para ocupar a cadeira -, nem a do presidente da Casa.
Se nenhum dos dois principais partidos garantir a maioria necessária para governar sozinho, o Reino Unido ficaria em uma situação que lá é conhecida como parlamento “enforcado” (“hung Parliament”), devido à ausência de uma legenda que controle a Câmara. EFE
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