Partido do Homem Comum é o virtual vencedor das eleições de Délhi, na Índia

  • Por Agencia EFE
  • 10/02/2015 07h08

Nova Délhi, 10 fev (EFE).- O Partido do Homem Comum (AAP), liderado pelo ativista anticorrupção Arvind Kejriwal, é o virtual ganhador das eleições regionais de Délhi após uma vitória arrasadora nas urnas, de acordo com os primeiros resultados da apuração realizada nesta terça-feira, que já levou os outros partidos a reconhecerem a derrota.

Às 12h locais (4h30 de Brasília), o AAP liderava em 64 das 70 circunscrições de Délhi e já tinha alcançado a vitória definitiva em duas delas.

Por sua vez, o Bharatiya Janata Party (BJP), do atual premiê Narendra Modi, liderava apenas em quatro distritos e outro partido independente estava na frente nos restantes, segundo a Comissão Eleitoral da Índia.

O primeiro-ministro assumiu a derrota de seu partido nas eleições, que foram realizadas no domingo com uma participação recorde de 67%. Modi anunciou pelo Twitter que já telefonou para Kejriwal para dar-lhe os parabéns e para oferecer o “completo apoio” do governo central.

“Agora coloque Délhi na altura que ela merece. Transforme-a em uma metrópole de classe mundial”, disse no microblog a candidata do partido de Modi, Kiran Bedi, a primeira mulher policial da Índia e que foi companheira de Kejriwal na luta anticorrupção.

As eleições foram convocadas após o fracasso dos partidos escolhidos em 2013 para formar um governo em Délhi, que abrange a capital indiana e municípios limítrofes.

Nas eleições anteriores, Kejriwal obteve 28 cadeiras, ficando em segundo lugar, atrás do BJP, que tinha alcançado 32.

O BJP não conseguiu formar o governo e Kejriwal assumiu a chefia do Executivo local com o apoio do Partido do Congresso, mas renunciou pouco depois pela rejeição da Assembleia de Délhi a seu projeto anticorrupção, deixando a região sob mandato presidencial até as eleições de domingo passado.

Afogado em uma profunda crise, o Partido do Congresso não conseguira nenhuma cadeira na assembleia local, segundo a apuração parcial, o que já provocou a renúncia do secretário-geral do partido e seu candidato nas eleições, Ajay Maken. EFE

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