Partido Liberal formará governo dinamarquês em minoria com 19,5% dos votos

Copenhague, 26 jun (EFE).- O líder do Partido Liberal da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, anunciou nesta sexta-feira que formará um governo em minoria com menos de 20% das cadeiras do parlamento, embora tenha o apoio externo do restante do bloco de direita.

Os 19,5% obtidos nas eleições gerais do dia 18 farão do novo governo o Executivo com menor apoio desde 1973, quando o também liberal Poul Hartling governou por 14 meses com 12,3% dos votos.

“Depois do encontro desta noite acredito que será possível formar um governo unicamente do Partido Liberal”, disse Rasmussen após uma reunião na sede do parlamento com os líderes do Partido Popular Dinamarquês, da Aliança Liberal e do Partido Conservador.

Os três tinham convidado Rasmussen publicamente minutos antes de governar sozinho com 34 cadeiras em meio à impossibilidade de se chegar a um acordo, mas prometeram apoio, o que o garante 90 dos 179 mandatos para ser eleito primeiro-ministro dinamarquês.

Rasmussen, que demonstrou vontade de buscar compromissos com uma política centrista, anunciou que irá ao Palácio de Amalienborg no sábado para informar à rainha Margrethe II sobre seus planos.

No dia seguinte, apresentará a lista de ministros e os objetivos do próximo Executivo, do qual se espera um endurecimento da política de imigração e cortes fiscais.

A oposição de direita ganhou as eleições com 52,3% dos votos contra 47,7% do bloco de centro-esquerda da primeira-ministra, a social-democrata Helle Thorning-Schmidt.

Os liberais, que acusaram os escândalos pessoais de seu líder, conseguiram seu pior resultado desde 1990 e passaram da primeira para a terceira força, superados pelos social-democratas e pelos “populares”, formação da ala xenófoba que já apoiou um governo liberal-conservador entre 2001 e 2011.

Apesar do êxito no pleito, passando de 12,3% para 21% e de 22 para 37 cadeiras, o Partido Popular rejeitou entrar no executivo alegando que poderia ter maior influência como apoio externo. EFE