Partidos de centro-direita selam acordo para formação de governo na Bélgica

  • Por Agencia EFE
  • 07/10/2014 17h20

Bruxelas, 7 out (EFE).- Um acordo selado nesta terça-feira entre quatro partidos de centro-direita permitirá a formação de um novo governo de coalizão na Bélgica, que será dirigido pelo liberal Charles Michel, informou à Agencia Efe um porta-voz do partido nacionalista flamengo N-VA.

Após quatro meses de negociações, o presidente do partido liberal francófono MR se tornará o novo primeiro-ministro de um governo que formará junto com três legendas flamengas (o nacionalista N-VA, o democrata-cristão CD&V e o liberaL Open VLD).

“Agora ficam por atar os cabos soltos, depois serão realizadas as conferências de partido e a tomada do juramento”, declarou o porta-voz do N-VA, Joachim Pohlmann.

Após 28 horas de negociações, os quatro partidos alcançaram também um consenso sobre o orçamento nacional, uma questão delicada, e pactuaram as bases de uma coalizão de governo integrada por várias formações políticas.

“O conjunto de parceiros propôs que eu exerça a responsabilidade de primeiro-ministro”, confirmou o próprio Michel à imprensa belga.

“Nos próximos dias, assumirei minhas responsabilidades, a equipe ministerial completa terá que prestar juramento perante o rei nos próximos dias”, acrescentou o líder liberal.

Está previsto que amanhã as legebdas que integram a coalizão façam uma última leitura do pacto, e na sequência os quatro partidos convocarão conferências para respaldar o acordo.

O rei Felipe terá que ser informado do acordo selado pelos partidos, o que segundo a imprensa belga pode ocorrer na quarta-feira.

O acordo para formar uma das coalizões que tradicionalmente governam a Bélgica incluiria a postergação da idade de aposentadoria em dois passos, elevando-se a 66 anos em 2025 e a 67 em 2030, segundo o jornal “Le Soir”.

Os negociadores também teriam abordado outras questões como mudanças na indexação salarial que eleva automaticamente os salários a cada ano para se manter em linha com a inflação, assim como quanto às ajudas ao desemprego, informou a mesma publicação.

O rei da Bélgica confiou em primeiro lugar a De Wever, líder do partido mais votado nas eleições gerais, a tarefa de iniciar os contatos para formar um governo de coalizão, mas o polêmico nacionalista flamengo decidiu renunciar à incumbência após comprovar que carecia de apoios.

Michel assumiu então a tarefa e, após meses de negociações, se tornará aos 38 anos o primeiro-ministro mais jovem da história da Bélgica, além de ser o segundo liberal francófono a exercer a função.

O último governo belga, dirigido pelo socialista Elio di Rupo, era formado por socialistas, liberais e democratas-cristãos das comunidades flamenga e francófona. EFE

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