Partidos de governo gregos fixam estratégia para votação de medidas de ajuste

  • Por Agencia EFE
  • 14/07/2015 08h13
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Atenas, 14 jul (EFE).- Os partidos do governo grego, o esquerdista Syriza e os nacionalistas Gregos Independentes, se reuniram para fixar uma estratégia para a crucial votação parlamentar do primeiro pacote de medidas estipulado com a zona do euro, prevista para quarta-feira.

O acordo selado com os parceiros da zona do euro no começo das negociações sobre o terceiro resgate gerou grande polêmica em ambos os partidos, por isso que é previsível que o primeiro pacote de leis só pode prosperar com o respaldo da oposição.

O ministro da Energia, Panayotis Lafazanis, afirmou já ontem que não votará a favor do acordo, apesar de recalcar que não tem intenção de renunciar.

Hoje Lafazanis, líder da denominada Plataforma de Esquerda do Syriza, pediu ao primeiro-ministro, Alexis Tsipras, e ao governo que se retrate e retire seu apoio ao acordo.

Lafazanis é um dos 30 deputados do Syriza -no total são 149- que não deram na semana passada ao governo um mandato para as negociações em Bruxelas, a maioria deles mediante abstenções, ou ausências, e dois com votos negativos.

A eles se uniram 15 que embora tenham votado a favor, publicaram posteriormente uma carta solidarizando-se com os rebeldes.

Entre eles estava o vice-ministro das Relações Exteriores, Nikos Juntís, que ontem foi o primeiro a renunciar de sua cadeira como deputado.

Seu posto, no entanto, será ocupado pelo seguinte na lista do partido, que da mesma forma que ele procede da corrente esquerdista do Syriza.

A situação é também crítica nas fileiras do parceiro nacionalista, cujo líder, o ministro da Defesa, Panos Kamenos, fez uma declaração crítica ao assinalar que seu partido seguiria apoiando o governo, sempre e quando não incluísse na coalizão a oposição conservadora e liberal, mas que não respaldaria o acordo.

Vários deputados e membros do governo reafirmaram hoje ao entrar na reunião o apoio a Tsipras e ao acordo, apesar do compromisso não representar a política defendida até agora pelo Syriza, como também não pelos Gregos Independentes.

Por enquanto não há uma imagem clara de qual será a decisão de Tsipras próximo à crucial votação de amanhã -da aprovação deste primeiro pacote depende o começo das negociações para um terceiro resgate.

Entre as opções que são ventiladas figura a de manter, por enquanto, as coisas como estão, ou seja, sem remodelação de governo e nem uma possível ampliação da coalizão. EFE

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