Passageiro de ônibus provoca emergência nos EUA ao dizer que tem ebola

  • Por Agencia EFE
  • 14/10/2014 20h33
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Washington, 14 out (EFE).- “Não mexa comigo, tenho ebola” foram as palavras ditas por um passageiro de um ônibus de Los Angeles, nos Estados Unidos, que provocaram o despejo do veículo e colocou o motorista em quarentena, publicou nesta terça-feira a imprensa local.

O FBI está tentando identificar o sujeito que subiu na tarde da segunda-feira em um ônibus da linha 33 com o rosto coberto por uma máscara e, após anunciar que tinha ebola, jogou sua máscara no chão e saiu correndo do veículo, segundo o “Los Angeles Times”.

O indivíduo, que estava acompanhado por uma mulher, foi considerado “uma possível ameaça terrorista” pelo medo que suscitou entre os passageiros, segundo as declarações do porta-voz do sistema de transporte metropolitano, Marc Littman.

Para determinar a identidade do passageiro mascarado, os agentes estão trabalhando com as autoridades de transporte do condado de Los Angeles para revisar as imagens do interior do ônibus gravadas pelas câmaras de vigilância.

Depois de a maioria dos passageiros fugir do veículo, o motorista do ônibus, que tem 25 anos de profissão, relatou o incidente aos responsáveis pela linha de transporte e levou o veículo a um estacionamento de ônibus no centro de Los Angeles.

O veículo foi colocado fora de serviço e está sendo submetido a uma estreita apuração.

“Estamos tomando todas as precauções”, afirmou Littman.

O motorista foi examinado por vários médicos e imediatamente levado ao Centro Médico de Los Angeles, onde está em observação sem demonstrar nenhum sintoma da doença.

“Tenho certeza que é traumático para ele, como seria para qualquer pessoa”, ressaltou Littman, que acredita que o motorista não voltará a trabalhar pelo menos pelas próximas duas ou três semanas.

O Departamento de Saúde Pública de Los Angeles não crê que o sujeito realmente tenha ebola e que tudo foi “um engano”, afirmou a porta-voz Sarah Kissell Garrett.

Não há casos diagnosticados de ebola na Califórnia, embora nos Estados Unidos já tenham sido confirmados seis casos, cinco de foram de pacientes que contraíram a doença no exterior.

O mais recente é o da enfermeira Nina Pham, o primeiro caso de contágio ocorrido dentro do país, que as autoridades de saúde acreditam que tenha sido causado por uma falha no protocolo de segurança durante o tratamento de um dos pacientes infectados.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 8.400 pessoas já foram infectadas pelo vírus do ebola desde, e quatro mil delas morreram, a maioria na região que sofre mais com a epidemia: Guiné, Serra Leoa e Libéria. EFE

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