Pediatra britânico que abusou de menores tem pena reduzida de 22 para 16 anos
Londres, 12 jun (EFE).- O Tribunal de Apelações de Londres reduziu nesta sexta-feira de 22 para 16 anos a pena de prisão definida em dezembro ao pediatra Myles Bradbury por cometer abusos sexuais contra 18 menores entre 2009 e 2013 em um hospital de Cambridge, no sudeste da Inglaterra.
O médico, de 42 anos, trabalhava no Addenbrooke Hospital de Cambridge, onde submetia às meninos a exames médicos “só para satisfazer suas necessidades sexuais”, afirmou em sua sentença há sete meses o juiz responsável pelo caso, Gareth Hawkesworth.
Bradbury tinha se declarado culpado das 25 acusações apresentadas contra ele, entre elas as de agressão sexual, voyeurismo e posse de imagens indecentes (mais de 16 mil) de menores que tinham entre 10 e 16 anos.
Os três juízes que compõem a corte de apelações anunciaram hoje a decisão de “reestruturar” a condenação original de 22 anos de prisão por 16 anos de prisão e outros seis de liberdade vigiada.
A presidente da sala, Heather Hallett, explicou que este tribunal considerou “apropriada” a sentença de 22 anos imposta em dezembro, mas por considerarem que “existe uma maneira melhor de punir o acusado e de proteger o público, optaram pela reestruturação”.
Bradbury, a quem Hawkesworth qualificou de “manipulador” e considerou responsável por “algumas das piores formas de abuso sexual imagináveis”, acompanhou hoje a audiência através de uma videoconferência na prisão da Ilha de Wright.
Todas suas vítimas sofriam de doenças graves, como leucemia ou hemofilia, e algumas morreram antes de ele ser condenado pelos abusos, que chegaram a ser gravados com uma câmera-caneta.
O médico chegou a abusar sexualmente de alguns menores por trás das cortinas, enquanto seus pais estavam na consulta. EFE
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