Pedido de adiamento de audiência de extradição de Kim Dotcom é negado

Sydney, 23 mar (EFE).- A justiça da Nova Zelândia negou nesta segunda-feira o pedido de adiamento da audiência de extradição de Kim Dotcom, reivindicado nos Estados Unidos, onde é acusado de violação de direitos autorais e outros delitos.

A defesa do informático alemão, que está em liberdade condicional na Nova Zelândia, pediu ao Tribunal do Distrito de North Shore que adie o início do processo até outubro, argumentando que não tem tempo suficiente para preparar o caso.

O início do julgamento está marcado para o início de junho, depois de ser adiado diversas vezes desde janeiro de 2012, quando Dotcom foi detido na mansão que alugava nos arredores de Auckland em uma operação coordenada pelo FBI americano.

Também incluiu outras detenções na Nova Zelândia e na Europa, o confisco de seus bens e o congelamento de suas contas, assim como o fechamento do portal Megaupload.

Essa operação na Nova Zelândia abriu uma longa e complicada batalha legal no país sobre a extradição de Dotcom aos Estados Unidos, que se ramificou em diversos processos e aparentemente obrigou o informático a mudar de advogados diante da impossibilidade de arcar com os honorários.

Como parte deste “megacaso”, o estoniano Andrus Nomm, programador do site de Dotcom e um dos sete membros do Megaupload, foi condenado mês passado nos EUA a pouco mais de um ano de prisão após admitir sua participação na violação dos direitos autorais.

Os Estados Unidos atribuíram ao Megaupload perdas de mais de US$ 500 milhões à indústria do cinema e da música ao não cumprir os direitos de propriedade intelectual de companhias e obter com isso lucro de US$ 175 milhões. EFE