Pelo menos 138 civis morrem em ofensiva do EI contra Kobani, na Síria

  • Por Agencia EFE
  • 26/06/2015 16h04

(Atualiza o número de vítimas)

Beirute, 26 jun (EFE).- Pelo menos 138 civis morreram e mais de 200 ficaram feridos desde o início, na quinta-feira, de uma ofensiva do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) no enclave curdo sírio de Kobani, na fronteira com a Turquia, informaram nesta sexta-feira ativistas.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos, que citou fontes médicas e testemunhas, precisou que os civis, entre os quais há dezenas de menores e mulheres, perderam a vida por disparos dos jihadistas.

Pelo menos 72 pessoas morreram na zona de Helinch e 48 na área de Meqtele, enquanto 18 corpos foram achados hoje por moradores da população.

Enquanto amanhecia na quinta-feira, os combatentes se infiltraram na cidade disfarçados de milicianos curdos e de rebeldes sírios.

A ONG destacou que este é o segundo maior massacre de civis cometido pelos extremistas na Síria, depois do massacre em agosto de 930 membros da tribo Al Shaitat, que se opôs ao EI, na província nordeste de Deir ez Zor.

Enquanto isso, os combates continuam entre as Unidades de Proteção do Povo, milícias curdo sírias, e os jihadistas, que estão rodeados por seus oponentes, no interior de Kobani.

O Observatório apontou que pelo menos 42 membros do EI e 10 soldados das Unidades de Proteção do Povo e das “Asayish”, forças do Interior curdas, morreram desde o início do ataque à cidade.

Por outro lado, a fonte elevou a 26 o número de civis falecidos ontem na cidade de Burj Butão, ao sul de Kobani, durante um ataque dos extremistas, tanto em enfrentamentos como por fogo cruzado e disparos diretos dos jihadistas contra eles.

No final, os combatentes do EI se retiraram de Burj Butão após um bombardeio da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos que opera na Síria contra o Estados Islâmico.

Kobani se transformou em símbolo da resistência curda contra o EI, após suportar durante mais de quatro meses entre setembro e janeiro o assédio dos radicais, que no final foram expulsos dali.

O EI proclamou há quase um ano um califado na Síria e Iraque, onde conquistou amplas partes. EFE

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