Pelo menos 14 menores sírios morreram lutando junto ao EI no Iraque
Beirute, 23 jun (EFE).- Pelo menos 14 menores de nacionalidade síria morreram recentemente no Iraque lutando nas fileiras do grupo terrorista Estado Islâmico (EI), informou nesta terça-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
A ONG precisou que alguns deles morreram em combates contra as forças iraquianas, enquanto outros cometeram atentados suicidas com carros-bomba ou perderam a vida em bombardeios da coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos no Iraque.
O Observatório acrescentou que os jihadistas enviaram os menores a esse país após submetê-los a um treino militar na Síria.
De acordo com dados do Observatório, pelo menos 520 menores aderiram ao EI em solo sírio desde o começo deste ano.
Em março, os radicais abriram dois escritórios de recrutamento para crianças e jovens em Al Mayadin e Al Bukamal, na província nordeste síria de Deir al Zor, segundo revelou a ONG.
Nesses centros, o EI recebe a menores que querem se alistar em suas fileiras com ou sem o consentimento de seus pais.
Após se inscrever, os “recrutas” são submetidos a um treino militar e a sessões de sharia ou lei islâmica.
Normalmente, os menores são utilizados pelo EI como informantes e guardiães de seus quartéis.
No entanto, o Observatório constatou a presença de menores nos enfrentamentos durante a ofensiva dos jihadistas contra a cidade curdo síria de Kobani, fronteiriça com a Turquia, entre setembro e janeiro, assim como nos arredores do aeroporto de Deir al Zor.
Em duas ocasiões, e com fins propagandísticos, menores de idade protagonizaram vídeos do EI nos quais supostamente assassinavam a tiros dois russos e um árabe-israelense, acusados pelos radicais de serem espiões.
A organização impõe seu próprio programa escolar nas escolas das áreas que controla na Síria.
Os extremistas proclamaram há quase um ano um califado em zonas do Iraque e Síria. EFE
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