Pelo menos 170 mil oficiais serão demitidos do exército chinês, diz jornal
Pequim, 5 set (EFE).- Pelo menos 170 mil oficiais do exército chinês serão demitidos no novo plano de modernização anunciado pelo governo, revela neste sábado o jornal independente “South China Morning Post” (SCMP).
Com base em duas fontes anônimas, a publicação narra detalhes das medidas que o governo chinês implementará nas Forças Armadas, depois de o presidente Xi Jinping anunciar na quinta-feira, antes do grande desfile militar realizado em Pequim, que reduzirá o número de suas tropas em 300 mil.
Desse total, mais da metade será de oficiais, de tenentes a coronéis do exército, depois que dois dos sete comandos existentes e três divisões armadas forem extintas, explicou o “SCMP”.
Segundo a fonte, os planos do governo têm, sobretudo, o foco de encorajar pilotos das forças terrestres a se unirem às forças aéreas e navais, visando impulsionar operações conjuntas.
Espera-se que o Exército de Libertação Popular (ELP) anuncie mais detalhes em meados deste mês. O governo argumentou que a redução das tropas – que será completada em 2017 – é uma medida para modernizar e reestruturar as forças armadas chinesas.
Cerca de 100 mil membros de unidades que não são de combate – como as áreas médica, de telecomunicações e brigadas de artistas – serão “cortadas”, e 50 mil soldados das forças de fronteira se fundirão com a Polícia Marítima, de acordo com o jornal.
Além disso, o “SCMP” informou que os demitidos receberão uma indenização financeira e que 50 mil serão transferidos a postos civis, e outros será facilitada a pré-aposentadoria.
“O Exército será o principal alvo dos recortes porque tem mais pessoal que a Força Aérea e a Marinha juntas. Não é a via correta para a estratégia de defesa da China”, afirmou ao “SCMP” Xu Guangyu, assessor da Associação de Controle de Armas e Desarmamento da China em Pequim.
O EPL expressou ontem seu apoio à decisão tomada pelo presidente de reduzir o efetivo através de um artigo no jornal oficial do Partido Comunista Chinês. EFE
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