Pelo menos 22 pessoas morrem em naufrágio de 2 barcos de imigrantes na Grécia
Atenas, 5 mai (EFE).- A Grécia viveu nesta segunda-feira uma nova tragédia envolvendo imigrantes que tentavam chegar pelo mar à União Europeia, com a morte de pelo menos 22 pessoas e o desaparecimento de até sete no naufrágio de duas embarcações perto da ilha de Samos, frente à costa da Turquia.
O acidente aconteceu no começo da manhã, quando uma embarcação de 10 metros de comprimento e um pequeno barco de dois metros, ambos com cerca de 65 imigrantes a bordo, viraram por causas ainda desconhecidas a cerca de 4,5 milhas náuticas do litoral de Samos, no mar Egeu.
O mar estava relativamente calmo e o vento não passava dos 5 graus na escala de Beaufort.
Segundo a Guarda Costeira, os primeiros quatro cadáveres, entre eles o de uma criança, foram encontrados na água, enquanto outros 18 corpos foram achados no interior de uma das duas embarcações que tombaram.
A imprensa local informa que, entre os mortos presos no porão do barco, estavam três crianças – uma das quais continuava abraçada ao corpo da mãe – 11 mulheres e quatro homens.
De acordo com os testemunhos das 36 pessoas resgatadas e transferidas ao porto de Vathí, nas duas embarcações naufragadas havia em torno de 65 pessoas.
Segundo a guarda costeira, os 36 imigrantes resgatados são 32 homens, três mulheres e uma criança, e todos passam bem, com exceção de um menino, que foi hospitalizado em Atenas com sintomas de hipotermia.
O primeiro corpo foi localizado por volta das 4h da madrugada (locais) pelo cruzeiro “Adamora”, que passava pelo local e imediatamente pediu socorro.
Segundo informou à Efe o prefeito de Samos, Stylianos Thanos, posteriormente a maior embarcação foi arrastada ao porto de Vathí, para ser retirada da água.
“Infelizmente o pior dos cenários se concretizou, pois 18 pessoas foram encontradas mortas no porão do barco”, disse Thanos.
O prefeito disse que a busca continua no mar com vários pesqueiros e um helicóptero da guarda costeira, porque se realmente havia 65 pessoas a bordo, até sete podem estar desaparecidas.
“Desde 2010 não acontecia tamanha tragédia em nossa ilha”, disse Thanos.
Participaram da operação da manhã várias embarcações e vários barcos pesqueiros privados de Samos, um de Frontex, além do helicóptero da guarda costeira.
Desde que a Grécia ergueu uma cerca em sua fronteira terrestre com a Turquia, o mar se tornou novamente uma das principais portas de entrada para os imigrantes que buscam entrar na União Europeia. EFE
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