Pelo menos três milicianos morrem em ataques ucranianos, segundo rebeldes
Donetsk (Ucrânia), 17 mar (EFE).- Pelo menos três milicianos pró-Rússia morreram e três ficaram feridos entre ontem e esta terça-feira em ataques das tropas ucranianas, informou o comando das milícias da autoproclamada república popular de Donetsk, no leste da Ucrânia.
“No total, foram lançados 32 ataques. Sob fogo ucraniano morreram três de nossos militares e outros tantos ficaram feridos com diversos graus de gravidade”, disse à imprensa o subchefe das milícias de Donetsk, Eduard Basurin.
O líder rebelde afirmou que um carro de combate ucraniano disparou tiros de canhão contra um caminhão no qual se deslocavam dois milicianos, que morreram no ataque.
“A informação sobre este fato já foi entregue à missão da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) que supervisiona o cumprimento do cessar-fogo”, disse o número dois das milícias.
Basurin negou que as forças sob seu comando tenham retomado as ações militares.
“Não levamos a cabo ações de ataque na zona de Mariupol, incluída a cidade de Shirokino, nem em nenhum outro setor”, garantiu.
O comando militar ucraniano denunciou hoje novas violações do cessar-fogo por parte das milícias, acusadas de atacar ontem por 30 vezes as posições das forças governamentais no leste da Ucrânia.
Os principais ataques, com emprego de artilharia, foram efetuados contra a cidade de Avdeevka, na periferia norte de Donetsk, o principal reduto dos separatistas, segundo um comunicado do exército divulgado no Facebook.
As milícias separatistas, denunciaram os militares ucranianos, atacaram em quatro ocasiões a localidade de Shirokino, no sul da região de Donetsk, onde se encontra a primeira linha defensiva de Mariupol, cidade de meio milhão de habitantes e leal a Kiev.
Segundo relatório publicado ontem pela missão da OSCE, no fim de semana passado “os observadores ouviram no total mais de cem disparos de morteiro e uma infinidade de disparos de carros de combate”.
A situação na zona do conflito, acrescentou o documento, está em “transformação e é imprevisível e o regime de cessar-fogo não é respeitado em todas as partes”.
Mais de seis mil pessoas, entre combatentes e civis, morreram no leste da Ucrânia nos onze meses que dura o conflito, segundo o último relatório da ONU. EFE
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