Pelo terceiro dia nesta semana, pilotos da Lufthansa estão em greve

  • Por Agencia EFE
  • 04/12/2014 09h10
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Berlim, 4 dez (EFE).- A companhia aérea alemão Lufthansa sofre com a greve decretada pelos funcionários, pelo terceiro dia nesta semana, apesar da oferta lançada na quarta-feira pela direção da empresa para seguir negociando com um mediador com o objetivo de resolver o conflito trabalhista.

As interrupções serão mantida previsivelmente até a meia-noite desta quinta-feira e afetarão os voos de longo percurso e os de transporte de mercadorias dos três grandes aeroportos do país, Frankfurt, Munique e Düsseldorf.

O sindicato dos pilotos, Vereinigung Cockpit (VC), decidiu ontem manter a convocação de greve, que será a terceira nesta semana depois das realizadas segunda-feira e terça-feira, primeiro com voos domésticos e de médio percurso, para se estender na segunda jornada aos intercontinentais.

O principal ponto do conflito é a reforma prevista pela primeira companhia aérea da Alemanha para as aposentadorias dos cerca de 5,4 mil pilotos.

O atual sistema permite aos comandantes deixar de trabalhar a partir dos 55 anos com 60% de seu salário base.

A primeira onda de greves desta semana obrigou a suspensão de cerca de 1,4 mil voos e afetou os planos de 150 mil passageiros.

Por parte do sindicato dos pilotos, foi informado que a campanha de interrupções pode se prolongar nas próximas semanas, embora por enquanto não haja um possível calendário para o feriado do natal.

Desde a direção foi divulgado ontem um comunicado no qual oferecia a possibilidade de seguir negociando com a arbitragem de um mediador para facilitar uma fórmula que ponha um fim no conflito.

A polêmica causada pela reforma das aposentadorias antecipadas ganhou força com a rejeição dos pilotos aos planos da companhia de criar uma nova divisão de voos a baixo custo de curto e longo percurso.

O conselho de supervisão da Lufthansa aprovou ontem mesmo a criação dessa nova divisão, sob a marca Eurowings, que se somaria à filial Germanwings, que assumiu progressivamente nos últimos meses boa parte dos trajetos europeus da Lufthansa.

Em ambas as novas divisões de baixo custo, os pilotos e o resto do pessoal de cabine trabalhariam em condições piores do que as da Lufthansa.

Os planos da direção pioraram o conflito com os pilotos, que iniciaram suas campanhas de greves em março.

A Lufthansa cifrou o custo das greves dos pilotos neste ano -sem incluir as últimas desta semana- em 170 milhões de euros. EFE

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