Peña Nieto assegura perante a UE que os direitos humanos são sua “prioridade”

  • Por Agencia EFE
  • 12/06/2015 09h03

Bruxelas, 12 jun (EFE).- O presidente do México, Enrique Peña Nieto, assegurou nesta sexta-feira que os direitos humanos são uma “prioridade” para seu governo em um entrevista coletiva conjunta com os presidentes da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e do Conselho Europeu, Donald Tusk, no final da cúpula bilateral realizada em Bruxelas.

“O tema dos direitos humanos para este governo” é “altamente prioritário”, afirmou Peña Nieto, ao anunciar que durante a reunião houve “um compromisso pontual e formal” para que em acordo de associação as duas partes atualizem essa questão para que “seja uma disciplina” para seu país.

O assunto é “de maior prioridade” para o Executivo mexicano e por isso está “comprometido neste propósito”, acrescentou.

Peña Nieto liderou hoje com Tusk e Juncker a sétima Cúpula entre a União Europeia (UE) e México, na qual as partes se comprometeram a colocar em dia uma relação que consideraram estratégica, sobretudo no aspecto comercial e de investimentos.

Na entrevista coletiva com a qual encerrou o encontro, realizado um dia depois da finalização da II Cúpula entre a União Europeia e a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), a imprensa perguntou aos três se os direitos humanos no México seria um obstáculo para a negociação bilateral.

Tusk e Juncker evitaram responder e Peña Nieto, além de ressaltar a importância que seu governo dá esse tema, enumerou as ações que está realizando para melhorar a situação.

O governante mexicano citou os “mecanismos legais” que seu país dispõe para fazer frente a esta problemática, como a Lei Federal de Vítimas, que “não só protege as vítimas” de violação dos direitos humanos, mas também responde perante “os efeitos e efeitos colaterais para seus parentes”.

O presidente também ressaltou a existência de um programa para a defesa desses direitos fundamentais “que estabelece compromissos e articulações para todas as dependências do governo da República” mexicana com o objetivo de “estabelecer melhores protocolos em sua atuação” na matéria.

O parlamento Europeu (PE) condenou no ano passado o desaparecimento de 43 estudantes em setembro em Iguala (estado mexicano de Guerrero) e pediu às autoridades da nação latino-americana que “atuem de forma rápida, transparente e imparcial” para deter e julgar os responsáveis.

Um grupo de residentes mexicanos na Bélgica e países próximos se manifestaram na quarta-feira diante do hotel ao qual Peña Nieto acabava de chegar para protestar pelo caso dos 43 estudantes, que desapareceram em uma ação coordenada por autoridades e policiais locais corruptos com o crime organizado. EFE

rac/ff

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