Pentágono destinará US$ 750 milhões para combater ebola na África

  • Por Agencia EFE
  • 07/10/2014 16h42
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Washington, 7 out (EFE).- O Pentágono destinará US$ 750 milhões para frear o avanço do ebola na África Ocidental dentro de uma operação que envolve quase quatro mil militares, informou nesta terça-feira o comandante do comando americano para a África, general David Rodríguez.

“Deter a propagação da doença é a missão fundamental”, resumiu Rodríguez em entrevista coletiva.

Para isso, o Departamento de Defesa solicitou US$ 750 milhões para a operação, com o objetivo de diagnosticar e colocar em quarentena e tratamento pelo menos 70% dos contaminados.

Além disso, segundo Rodríguez, quase quatro mil militares se estabelecerão em vários países da África Ocidental afetados pelo ebola para dar apoio aos laboratórios e às instalações onde os doentes estão sendo tratados.

O general detalhou que a “maioria” desses militares não entrará em contato direto com os pacientes de ebola, uma vez que seu trabalho será principalmente de capacitação dos funcionários de saúde locais no enfrentamento do surto.

Rodríguez sustentou que o Pentágono “confia” garantir a segurança de suas tropas, e se um militar for infectado pelo vírus, será isolado e enviado de volta aos EUA para receber tratamento.

O governo americano anunciou na segunda-feira a intenção de estabelecer controles mais rigorosos em seus aeroportos e nos das nações da África Ocidental atingidas pelo ebola, mas não deram mais detalhes sobre quais serão os protocolos e quando eles serão colocados em prática.

“Vamos trabalhar em protocolos para fazer mais controles de segurança dos passageiros, tanto na origem como aqui nos Estados Unidos”, afirmou o presidente Barack Obama após uma reunião com membros da equipe de segurança nacional e autoridades sanitárias.

A equipe de Obama “está trabalhando duro” na avaliação de possíveis medidas que devem ser conhecidas nos próximos dias, comentou nesta terça o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, aos jornalistas que viajavam com ele para Nova York no avião presidencial, o Air Force One.

Entre as medidas ventiladas está a medição da temperatura dos viajantes vindos dos países afetados pelo ebola na chegada aos principais aeroportos dos EUA.

Alguns republicanos, entre eles o senador Ted Cruz (Texas), pedem ao governo que estabeleça algum tipo de proibição ou limite aos voos procedentes de países com casos de ebola, mas a Casa Branca não considera por enquanto essa opção.

O atual surto de ebola, o mais violento conhecido até agora, já matou 3.439 pessoas e contaminou 7.492 em vários países da África Ocidental, principalmente em Guiné, Libéria e Serra Leoa, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O primeiro caso de uma pessoa que contraiu o ebola fora da África aconteceu na Espanha e foi divulgado ontem. EFE

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