Pentágono diz que averiguará possível deserção de sargento no Afeganistão
Washington, 4 jun (EFE).- O Exército dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira que averiguará todas as circunstâncias em torno da captura do sargento Bowe Bergdahl pelos talibãs para verificar as acusações de que o militar teria desertado de sua unidade em 2009.
Em comunicado, o chefe do Exército americano, o general Raymond Odierno, disse hoje que, após a libertação do militar de 28 anos, sua prioridade é “cuidar de sua saúde e assegurar que o mesmo será reintegrado apropriadamente (a sua nova vida)”.
No entanto, o general explica que, “em seu devido momento”, realizará uma profunda, transparente e completa investigação das circunstâncias que rodearam sua captura.
Atualmente, Bergdahl se encontra em um hospital militar em Landstuhl, na Alemanha, e, na sequência, será trasladado a um centro médico em San Antonio, no Texas, onde reencontrará sua família e dará continuidade ao tratamento, provavelmente mais centrado nas consequências psicológicas do que físicas de sua reclusão.
De Bruxelas, o secretário de Defesa, Chuck Hagel, disse que seria “injusto” com Bergdahl e sua família “dar por feito” que o mesmo é um desertor, como asseguram alguns dos membros da companhia em que servia no Afeganistão.
Segundo alguns de seus companheiros do Exército, no final de junho de 2009, Bergdahl abandonou seu posto avançado em uma zona montanhosa do leste do Afeganistão, descartando a possibilidade dele ter sido capturado em batalha ou ter se perdido durante uma patrulha noturna.
Em declarações ao jornal “Daily Beast”, Nathan Bradley, que serviu na mesma unidade que Bergdahl, disse que o então soldado raso abandonou seu posto de maneira voluntaria, deixando para trás sua arma e seu colete à prova de balas, mas não sua bússola.
“Bergdahl era um desertor e soldados de sua própria unidade morreram tentando encontrá-lo”, assegurou Bradley.
Segundo mensagens de e-mail entre Bergdahl e sua família, o soldado estava desencantado e envergonhado com o papel dos Estados Unidos na Guerra do Afeganistão. EFE
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