Pentágono envia sonda submarina para ajudar na busca por avião malaio
Washington, 24 mar (EFE).- O Pentágono anunciou nesta segunda-feira que enviou à Austrália uma sonda submarina autônoma para buscar os restos e a caixa-preta do avião da Malaysian Airlines desaparecido há mais de duas semanas e que hoje as autoridades malaias confirmaram que caiu no sul do oceano Índico.
A sonda Bluefin-21, similar a um torpedo, foi enviada a Perth, na Austrália, de onde operam os voos de reconhecimento que varrem a área onde acredita-se que caiu o Boeing 777-200 com 239 pessoas a bordo.
O porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby, afirmou hoje em entrevista coletiva que o aparelho só será usado caso se limite uma área de busca de restos do avião no leito marinho.
“Para que o Bluefin funcione é preciso fornecer-lhe parâmetros precisos e isso ainda não ocorreu”, explicou Kirby no Pentágono.
O Bluefin-21, equipado com sonar e com um comprimento de cinco metros, já foi utilizado na busca pelo voo 447 da Air France que caiu no oceano Atlântico em junho de 2009.
Segundo a Bluefin Robotics, empresa que desenvolveu este submarino autônomo, o aparelho pode trabalhar durante 25 horas, chegar a profundezas de até 4.500 metros e transportar vários instrumentos que detectariam restos do avião ou o “bip” emitido pela caixa-preta para ser localizada antes que fique sem bateria.
Adicionalmente, o Pentágono também fornecerá através de seu Comando do Pacífico um localizador conhecido como TPL-25, que é arrastado por um navio a baixas velocidades para detectar os sinais das caixas-pretas.
Este receptor, altamente sensível, deveria captar as emissões das caixas-pretas até um máximo de 6.000 metros de profundidade. A profundidade na área do Índico onde se concentra a busca oscila entre os 1.150 e 7.000 metros.
Por enquanto, a busca da aeronave está a cargo de aviões de vigilância marítima, dois deles americanos, que, apesar da impressionante operação nesta área remota, não conseguiram encontrar restos que claramente pertençam ao avião. EFE
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