Pentágono enviará hospital de campanha à Libéria por conta de surto de ebola

  • Por Agencia EFE
  • 08/09/2014 21h45
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Washington, 8 set (EFE).- O Pentágono anunciou nesta segunda-feira que doará um hospital de campanha com 25 camas à Libéria para contribuir na luta contra o surto de ebola, que atingiu principalmente este país africano.

O porta-voz adjunto do Pentágono, coronel Steve Warren, disse que o hospital de campanha será enviado a Monróvia, capital da Libéria, para ajudar a atender os profissionais médicos infectados durante o trabalho. Militares americanos levantarão o hospital, avaliado em US$ 22 milhões, e depois entregarão às instalações a equipe local. De acordo com ele, nenhum membro das Forças Armadas trabalhará no local.

Hoje, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que, em breve, poderão surgir milhares de novos casos de ebola no país. Para ter dados mais precisos, a entidade realizou uma pesquisa no condado de Montserrado, que conta com um milhão de moradores e inclui a Monróvia, e revelou que somente lá é necessária a entrega urgente de mil camas para tratar os atuais pacientes. O condado dispõe, atualmente, de apenas 240 camas e foi confirmado que “em nenhum lugar do país há camas disponíveis para o tratamento do ebola”.

A agência americana de cooperação internacional, USAID, solicitou a ajuda, que poderia aumentar no futuro com mais material vindo das Forças Armadas americanas. Até agora, o surto de ebola causou a morte de 2.097 pessoas, 1.089 apenas na Libéria.

Esse anúncio é feito um dia depois de o presidente americano, Barack Obama, dizer em entrevista a um canal de TV dos Estados Unidos que o país iria aumentar a contribuição material para lutar contra o surto da doença. Ele considerou que o vírus pode se transformar em uma ameaça para os Estados Unidos caso sofra mutação e comece ser transmitido de maneira mais rápida.

Hoje, Debbie Sacra, mulher do missionário americano Rick Sacra, que adquiriu a doença no país e que está internado em um hospital de Nebraska, informou que ele continua estável e tolera cada vez melhor os alimentos e o remédio experimental que está sendo tratado.

O médico é o terceiro americano contagiado pelo ebola que é enviado aos Estados Unidos para receber tratamento, depois de Kent Brantly e Nancy Writebol, que tiveram alta no mês passado após receberem tratamento em Atlanta.

De acordo com sua esposa, o missionário se comunicou com ela através de videoconferência e pediu para escutar música, o que indica melhora de ânimo.

“ZMapp foi usado nos dois pacientes tratados em Emory (Atlanta), mas está esgotado. Estamos usando outro remédio experimental”, disse ontem o diretor da unidade de isolamento do Centro Médico de Nebraska, Phil Smith, sem dar detalhes sobre a nova medicação. EFE

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