Pentágono estuda intenções ocultas na linguagem corporal de chefes de Estado

  • Por Agencia EFE
  • 07/03/2014 21h44

Washington, 7 mar (EFE).- O Departamento de Defesa dos Estados Unidos gasta cerca de US$ 300 mil por ano em um projeto experimental que estuda a linguagem corporal dos chefes de Estado, entre eles o do presidente russo, Vladimir Putin, para conhecer suas intenções e comportamento futuro, informou nesta sexta-feira uma fonte oficial.

O porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby, confirmou nesta sexta-feira em uma entrevista exclusiva ao jornal “USA Today” a existência de um discreto programa experimental que busca descobrir a fundo a psicologia de líderes internacionais a partir da análise de sua linguagem corporal.

O estudo experimental é responsabilidade do ONA (Office of Net Assessment), um centro interno de estudos do Pentágono dirigido por Andrew Marshall, um nonagenário de grande influência no Departamento de Defesa, onde é conhecido como “Yoda”, o mestre Jedi dos filmes “Guerra nas Estrelas”.

“O senhor Marshall é um pensador não convencional”, comentou Kirby ao explicar o curioso estudo, que começou a ser realizado nos anos 90 no Departamento de Estado e passou a ser responsabilidade do Pentágono em 2002.

O secretário de Defesa, Chuck Hagel, não estudou as conclusões da análise e não tinha conhecimento dos detalhes do programa até ontem.

Segundo Kirby, Hagel vai pedir mais detalhes sobre estes estudos, embora por enquanto não tenha decidido suspendê-lo ou continuar com eles.

O escritório dirigido por “Yoda” analisou a linguagem corporal de Putin entre 2008 e 2012, mas Kirby disse desconhecer a quem chegavam as conclusões do estudo, pensado para descobrir as verdadeiras intenções de um líder através de sua comunicação não verbal.

Kirby revelou que Putin não é o único líder estudado no programa experimental, que desde 2009 recebe verba de US$ 300 mil.

O porta-voz poderia fornecer uma lista dos líderes estudados, mas o Pentágono não tem a intenção de publicar as conclusões, mesmo que não sejam confidenciais. EFE

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