Pentágono se diz preocupado com movimentos militares russos perto da Ucrânia
Washington, 25 abr (EFE).- O Pentágono se mostrou preocupado nesta sexta-feira com o grande envio de militares russos para perto da fronteira com a Ucrânia e com a recusa da Rússia a dialogar com o secretário da Defesa, Chuck Hagel, nas últimas 24 horas.
O coronel Steve Warren, porta-voz adjunto do Pentágono, lamentou hoje em um encontro com a imprensa que o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, não tenha chegado recentemente a falar com Hagel para tratar sobre a tensão no leste da Ucrânia.
“Deixamos claro a vocês que Hagel está disponível para falar, mas os russos não nos responderam… Queremos transmitir a Moscou que é de grande importância que reduzam a tensão. A desestabilização da fronteira (da Ucrânia com a Rússia) não ajuda em nada”, explicou o porta-voz.
Warren afirmou que estão sendo detectados novos movimentos de “milhares de tropas” perto da fronteira russa com a Ucrânia, por enquanto “consistentes com exercícios militares”.
No entanto, o Pentágono considera que esses movimentos supõem uma mudança nos desdobramentos russos que tinham visto até agora, já que incluem um maior componente aéreo.
O Pentágono detectou “uma ampla gama de forças” nas cercanias da fronteira com a Ucrânia: unidades de infantaria mecanizada, veículos blindados, tanques, assim como helicópteros e aviação de asa fixa.
“Vimos toda gama de tons do exército russo”, explicou Warren, que não quis especificar que métodos de inteligência estão usando ou se aviões da Otan estão patrulhando o céu perto da fronteira Ucrânia-Rússia.
A tensão nas regiões do leste da Ucrânia aumentou após enfrentamentos armados entre forças de segurança comandadas pelo novo governo pró-europeu de Kiev e milícias pró-russas que pedem mais autonomia para as regiões de maioria de fala russa.
Apesar dos acordos feitos entre Rússia, EUA, Ucrânia e União Europeia em Genebra na semana passada para debandar grupos insurgentes, a tensão continua aumentando, enquanto Rússia reforça suas posições e Estados Unidos e seus aliados da Otan aumentam seus contingentes em suas fronteiras orientais com tropas e caças. EFE
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